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Cidades

Famílias buscam ajuda para tratar idosos viciados em celular

Especialistas dizem que parentes de pessoas acima de 60 anos têm relatado dependência desse grupo e sinais de ansiedade e irritação


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Engana-se quem pensa que somente os mais jovens fazem uso em excesso das tecnologias. Segundo especialistas, idosos têm demonstrado sinais de dependência dos aparelhos celulares, já preocupando famílias.

Imagem ilustrativa da imagem Famílias buscam ajuda para tratar idosos viciados em celular
Idosa usa o celular: especialistas estão preocupados com sinais de dependência |  Foto: Freepik

A médica geriatra Yara Nippes afirmou que tem observado famílias reclamando sobre o tempo que os idosos se dedicam em frente às telas de celular. “As queixas vêm principalmente no uso de aplicativos de vídeos rápidos e sequenciais”.

Ela ressaltou que, em todas as faixas etárias, o uso excessivo de telas causa diminuição da atenção e concentração, comprometendo a capacidade cognitiva e o convívio social, podendo resultar em ansiedade e depressão.

A médica aponta que entre os sinais de dependência estão o medo de ficar separado do celular e o isolamento social pelo uso do aparelho – mesmo quando existem pessoas por perto para conversar. “Outro problema é ansiedade quando está longe do telefone”.

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|  Foto: Kadidja Fernandes/AT – 01/11/2023

O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados Pensionistas e Pessoas Idosas no Estado (Sindnapi-ES), Jânio Araujo, enfatizou que tem sido percebido aumento do uso excessivo da tecnologia, em especial do celular.

“Tem acontecido muitas queixas por parte da família. Isso também tem levado a pessoa idosa a cair em golpes”, ressaltou.

Ele ainda disse que tem recebido relatos até mesmo de esposa ou de marido, filhos e netos contando histórias de pessoas idosas que descobriram as redes sociais e que aquilo virou um vício.

A psicóloga Talita Silva disse que, não só pessoas idosas, mas de todas as faixas etárias, estão propensas a desenvolver dependência digital.

“A atualização de feeds, curtidas, comentários em publicações e outras atividades prazerosas levam o cérebro a liberar dopamina, um neurotransmissor que cria sensação de bem-estar e que, portanto, está envolvido no circuito de recompensa do cérebro. Com a exposição prolongada, é preciso estímulo cada vez maior para experimentar prazer, o que pode levar ao vício”.

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|  Foto: Divulgação

Ela enfatizou que pessoas idosas que não têm controle sobre o uso da internet apresentam necessidade de olhar o celular toda hora, têm dificuldades para se desconectar e ficam irritadas quando não conseguem acessar à rede.

“Não sou dependente”, diz aposentada

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|  Foto: Leone Iglesias/AT

Apesar da queixa constante dos familiares sobre o uso do aparelho celular, uma vendedora autônoma de 68 anos afirma que não se considera uma dependente da tecnologia. “Eu realmente uso muito o aparelho celular, mas é para o meu trabalho, já que atuo com vendas por meio das redes sociais”.

Entre as redes preferidas, ela contou que está o Facebook, onde vende seus produtos em grupos e acompanha postagens de outros grupos de vendas. “Também acompanho orações em alguns horários”.

Para ela, o celular tem dois lados, um bom, usado para aproximar pessoas, e o ruim, em que realmente afasta quem está próximo. “A preocupação tem que ser maior ainda com as crianças“.

Outros casos

Tratamento

Uma aposentada de 70 anos contou que, em 2021, percebeu que tinha relação de dependência com o celular e iniciou um tratamento. Para ela, quando estava longe do aparelho, parecia que estava faltando uma parte de si.

Ela ainda relatou que o problema se agravou na pandemia de covid-19, quando o celular passou a ser sua única conexão com o mundo exterior.

Por morar sozinha, o aparelho passou a ser companhia até para a hora de dormir, chegando ao ponto de atrapalhar seu sono. Ela também afirmou que deixava de realizar tarefas domésticas para ficar mais tempo nas redes sociais.

Até nas refeições

Uma jovem de 30 anos relatou a preocupação com a avó, que hoje tem 79 anos.

Para a família, a aposentada hoje sofre com o vício em tecnologia, já que leva o celular até mesmo para a mesa durante as refeições, além do banheiro.

Também tem ficado acordada até mais tarde, vendo redes sociais e mensagens em aplicativos.

Segundo a jovem, a família já conversou com ela, mas ainda não sabe o que fazer, já que a avó não aceita o vício e afirma que o aparelho é a forma de se manter conectada com os amigos, diante da dificuldade que tem de locomoção.

Saiba mais

O que leva idosos a estarem vulneráveis à dependência:

  • Isolamento e solidão.
  • Sentimento de “exclusão” do mundo atual.
  • Alto índice de transtornos de humor, como depressão.

Sinais que podem indicar vício

  • Isolamento social, mesmo quando há pessoas por perto.
  • Deixar de realizar atividades cotidianas e domésticas.
  • Dormir e acordar com o celular.
  • Desconforto ao passar um tempo longe do aparelho.
  • Uso do celular durante refeições.
  • Acidentes por desatenção.
  • Necessidade de responder instantaneamente qualquer notificação.

Prejuízos

  • Diminuição da atenção.
  • Isolamento do convívio social.
  • Ansiedade e depressão.
  • Dores no pescoço e nas costas.
  • Risco de golpes e fraudes on-line.

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