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Cidades

Faculdades fecham cursos e abrem 40 novas opções

De olho nas profissões do futuro, instituições de ensino criam novas modalidades e deixam de oferecer cursos com baixa procura


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Imagem ilustrativa da imagem Faculdades fecham cursos  e abrem 40 novas opções
Alunos de Fisioterapia, curso oferecido na modalidade semipresencial |  Foto: Divulgação

Atentas às mudanças do mercado e às profissões do futuro,  faculdades  da Grande Vitória fecharam cursos com baixa demanda e abriram  40 novas opções nos últimos anos. 

 Além de novos cursos, como  Ciência de Dados e  Óptica e Optometria, oferecidos pela UVV,   modalidades variadas também foram implementadas, com opções já conhecidas, mas em novas organizações, como  semipresenciais e flex, como o novo curso de  Biomedicina, ofertado pela Estácio. 

 “O avanço tecnológico é um fator que impacta todos os segmentos da sociedade. Com a educação não é diferente.  O novo modelo flex foi criado para atender à demanda de estudantes que desejam um ensino mais flexível, sem abrir mão da sala de aula tradicional”,  explica  o diretor da Estácio no Estado, Anderson Paulo da Cruz.

A pró-reitora da Faesa, Carla Letícia Alvarenga Leite, ressalta  que a  criação de novos cursos pretende    atender o mercado  que está buscando profissionais atualizados, altamente qualificados.

 “Estamos atentos aos desafios do mercado produtivo, que exige constantemente novas habilidades e competências, e estamos abertos ao desenvolvimento de novos cursos que formem profissionais com domínio das novas tecnologias e pensamento,  voltados para o empreendedorismo e a inovação”.

O diretor da UCL, Paulo Vitor Bruno Onezorge, salienta  que é   para se aproximar mais do mercado que as instituições criam ou fecham cursos. Ele explica, porém, que a criação e a atualização das grades curriculares são pautadas pelas regras e diretrizes do Ministério da Educação (MEC). 

“O  ensino superior tem uma  regulação  muito forte. Poderíamos ofertar algumas áreas de formação que já identificamos que o mercado precisa, mas elas ainda não são autorizados pelo MEC. Por isso, oferecemos atualizações dentro dos cursos já ofertados”, detalha. 

É o que acontece também na  Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), segundo a professora  Cleonara Schwartz,  doutora em Educação.

“As instituições organizam as grades a partir das diretrizes curriculares nacionais aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação para cada curso. Elas só podem organizar o currículo respondendo a essas diretrizes. Mas o professor tem autonomia pedagógica para  atualizar conteúdos em sua disciplina, com novas metodologias”.


Os novos cursos e os que foram extintos


Novos cursos

Cursos de graduação  que tiveram início nos últimos 5 anos.  

1 a 15  UVV

EAD

  • Ciência de Dados 
  • Defesa Cibernética 
  • Gestão de Negócios Digitais e E-commerce 
  • Gestão de Turismo 
  • Gestão Financeira 
  • Gestão Portuária 
  • Processos Gerenciais 
  • Estética e Cosmética 
  • Óptica e Optometria 
  • Panificação 
  • Radiologia
  • Comunicação Social – Publicidade e Propaganda 
  • Design de Interiores 
  • Logística

Presencial

  • Engenharia da Computação 

16 a 19 UCL

EAD

  • Engenharia Civil 
  • Engenharia Mecânica 
  • Engenharia Química 
  • Engenharia de Produção

20 a 31  Faesa

EAD

  • Gestão de Recursos Humanos
  • Logística
  • Pedagogia 
  • Processos Gerenciais 
  • Redes De Computadores 
  • Administração
  • Agronomia
  • Análise e Desenvolvimento  de Sistemas
  • Ciências Contábeis

Presencial

  • Design de Produto 
  • Design Gráfico
  • Medicina Veterinária

32 a 39  Estácio

Semipresencial

  • Engenharia
  • Redes de Computadores
  • Fisioterapia
  • Nutrição
  • Administração 
  • Engenharia de produção 
  • Engenharia Elétrica

Modalidade Flex

  • Biomedicina

40 Faculdade Pio XII

Presencial

  • Psicologia

Cursos extintos

UCL 

  • Design
  • Gestão de Tec. da Informação
  • Gestão Financeira
  • Cursos em extinção 
  • Design do Produto
  • Design Gráfico
  • Engenharia de Materiais
  • Engenharia de Petróleo
  • Marketing
  • Qualidade

Faculdade Pio XII

  • Tecnólogo de Comércio Exterior

Fonte: Instituições consultadas


Graduação a distância tem recorde de matrículas

A expansão da tecnologia e a ocupação da agenda das pessoas pelo mercado de trabalho têm favorecido o crescimento do ensino a distância (EAD), que é uma das principais tendências da educação superior.

Segundo o Censo da Educação Superior, em 2020 foram 3.105.803 matrículas em cursos de graduação na modalidade EAD, um crescimento  de 26%  em relação a 2019. Em comparação com os últimos 10 anos,   quando foram registradas 930.179 matrículas, o aumento chega a  234%. 

“Nos últimos cinco anos, tivemos um aumento expressivo do número de estudantes na graduação a distância. Um dos motivos   foi a mudança na legislação, que permitiu a criação de polos das universidades de forma mais facilitada. Com isso, teve um aumento no número de oferta nos cursos a distância”, explicou o diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), João Mattar. 

Outro motivo para o aumento  foi a pandemia. “Muitos estudantes optaram pela matrícula no   EAD, já que estavam todos nessa modalidade e a mensalidade é, geralmente mais barata. Mas agora, saindo da pandemia, acredito que teremos um aumento ainda maior nessas matrículas”, disse.

 O diretor da Abed acredita que o que vai evoluir é a chamada aprendizagem híbrida.

“Serão algumas aulas online, e outras, a distância. Pela legislação, os cursos presenciais podem ofertar 40%  das disciplinadas   no EAD. Essa será a tendência dos próximos anos, saindo da pandemia: a aprendizagem híbrida”.

 João Mattar ressalta que o ensino a distância trabalha algumas habilidades  que o mercado pede, como por exemplo, a organização e autonomia. 

“Alguns cursos e disciplinas funcionam muito bem a distância e ajudam a desenvolver  habilidades, buscar a informação por si mesmo,  e isso tudo o mercado de trabalho valoriza muito. Como passamos por esse momento de pandemia, tende a ocorrer uma aceitação maior ao diploma de graduação a distância. O que vai ser levado em consideração é a qualidade de ensino do aluno”, salienta.

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