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Cidades

Estudo aponta substâncias cancerígenas em amostras de água do Estado

Pesquisa foi feita com base em resultados de testes feitos pelas empresas responsáveis pelo abastecimento


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Imagem ilustrativa da imagem Estudo aponta substâncias cancerígenas em amostras de água do Estado
Pesquisa mostrou presença de substâncias acima do limite |  Foto: Arquivo/AT

Uma pesquisa feita pela Repórter Brasil revelou que substâncias com potencial de causar câncer foram encontradas em doses acima do limite estabelecido pelas autoridades de saúde na água que sai da torneira em oito cidades capixabas. Em outros 36 municípios, o estudo identificou outras substâncias que geram outros riscos à saúde. 

O levantamento chamado Mapa da Água está disponível no site da Repórter Brasil, onde as informações por cidades podem ser consultadas. De acordo com a publicação, os dados coletados para essa pesquisa são resultados de testes  feitos por empresas ou órgãos de abastecimento e enviados ao  Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde. 

Esse estudo mostrou que no Espírito Santo as cidades da Serra, Guarapari, Domingos Martins, Atílio Vivácqua, Colatina, Baixo Guandu, Marataízes e Águia Branca registraram a presença de substâncias químicas e radioativas em, pelo menos, um teste realizado pelas próprias empresas responsáveis pelo serviço de abastecimento entre 2018 e 2020. 

No caso da Serra, por exemplo, foram encontrados chumbo e arsênio acima do limite de concentração permitido pelo Ministério da Saúde. Além disso, também estavam presentes nas amostras analisadas mercúrio, ácidos haloacéticos total e trihalometanos total,  que são substâncias com potencial de causar risco à saúde de quem a consome.

Quando substâncias radioativas e químicas são encontradas acima dos limites estabelecidos pelo Ministério da Saúde, a água é considerada imprópria para o consumo. 

Já 16 cidades do Estado apresentaram amostras com a presença dessas substâncias dentro dos limites permitidos. Outros 16 municípios não enviaram informações ou enviaram dados inconsistentes, segundo a Repórter Brasil.

No total, foram identificadas substâncias químicas e radioativas  acima do limite em 763 cidades brasileiras no período analisado pela pesquisa. Isso quer dizer que o material capaz de gerar danos à saúde foi encontrado em um a cada quatro municípios onde os testes foram feitos. 

Cesan afirma que eliminou riscos com nova metodologia

A Companhia Espírito-Santense de Abastecimento (Cesan) foi procurada pela reportagem. Em entrevista ao Tribuna Online, o gerente operacional da Cesan, André Luis de Oliveira Lima, tranquilizou a população e disse que a água fornecida pela empresa atende aos parâmetros estabelecidos pela portaria do Ministério da Saúde - os critérios levam em consideração uma pessoa de 70 anos que tenha consumido, em média, 4 litros de água por dia em sua vida. 

Lima reconhece que o problema com a formação de trihalometanos e  ácidos haloacéticos foi detectado pela empresa durante dois anos, mas corrigido em seguida.

"A gente detectou a condição de formação de trihalometanos e  ácidos haloacéticos, logo depois do período de estiagem, a escassez hídrica no Estado, que houve favorecimento para o surgimento dessas substâncias em contato com o cloro. Tão logo a gente detectou esse problema, a gente começou a realizar testes dom outras metodologias de tratamento e, no primeiro semestre de 2020, implementamos a nova metodologia de tratamento e eliminados o risco à saúde da população", disse ele. 

Em relação aos metais pesados e substâncias radioativas, o gerente operacional explicou que houve uma inconsistência no lançamento do dados no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), que não possibilitava o uso de caracteres especiais, somente numéricos e isso causou um problema de interpretação dos dados. 

"Onde a Cesan atua a situação está controlada, dentro dos parâmetros estabelecidos pela portaria do Ministério da Saúde", garantiu ele. 

As prefeituras de Marataízes, Colatina e Baixo Guandu - essas três não fazem parte do território de atuação da Cesan - foram procuradas pela reportagem, mas não deram retorno.

Clique aqui e veja o levantamento completo

Municípios com presença de substâncias cancerígenas 

Serra

  • Substâncias encontradas com maiores riscos de gerar câncer:  chumbo e arsênio
  • Outras substâncias encontradas que podem causar riscos à saúde: mercúrio, ácidos haloacéticos total e trihalometanos total

Guarapari

  • Substância encontrada com maior risco de gerar câncer:  chumbo 
  • Outra substância encontrada que pode causar riscos à saúde: trihalometanos total

Domingos Martins

  • Substâncias encontradas com maiores riscos de gerar câncer:  chumbo e cádmio
  • Outra substância encontrada que pode causar riscos à saúde: trihalometanos total

Colatina

  • Substâncias encontradas com maiores riscos de gerar câncer:  chumbo e cádmio

  • Baixo Guandu

  • Substância encontrada com maior risco de gerar câncer: Lindano (agrotóxico)
  • Outras substâncias encontradas que podem causar riscos à saúde: ácidos haloacéticos total e trihalometanos total

Marataízes

  • Substâncias encontradas com maiores riscos de gerar câncer: Rádio-228 e Nitrito

Atílio Vivácqua

  • Substância encontrada com maior risco de gerar câncer:  cádmio
  • Outras substâncias encontradas que podem causar riscos à saúde: trihalometanos total e antimônio

Águia Branca

  • Substância encontrada com maior risco de gerar câncer:  chumbo 
  • Outras substâncias encontradas que podem causar riscos à saúde: ácidos haloacéticos total e trihalometanos total

Fonte:  Repórter Brasil

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