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Cidades

Duplicação da BR-101 poderia evitar mortes, dizem especialistas

Eles também apontam a necessidade de fazer uma superblitz para conter irregularidades no transporte rodoviário de algumas empresas


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Imagem ilustrativa da imagem Duplicação da BR-101 poderia evitar mortes, dizem especialistas
Trecho da BR-101, na altura do município de Anchieta: necessidade de melhora do fluxo viário, dizem especialistas |  Foto: Clóvis Rangel

“Não restam dúvidas que se já tivéssemos a duplicação, muitas mortes seriam evitadas nesses últimos anos. Do ano passado até agora, mais de 20 pessoas morreram em acidentes somente no município de Anchieta, na BR-101, trecho da rodovia onde, no domingo (27), aconteceu a tragédia entre um ônibus de turismo e uma carreta”.

A afirmação é do membro do Movimento Capixaba para Salvar Vidas no Trânsito (Movitran) e especialista em Segurança, André Cerqueira. Segundo ele, ao longo da BR-101, de Norte a Sul do Espírito Santo, foram mais de 480 mortes, do ano passado até março deste ano.

“A causa desse acidente em Anchieta foi que o motorista da carreta perdeu a direção, por motivos ainda desconhecidos, e tombou o veículo sobre quase toda a pista. Como a pista era sinuosa, formou um muro de ferro na frente do ônibus, que vinha em sua mão de direção, seguindo as regras de trânsito. Mas, infelizmente, nada pode fazer para evitar. Estamos precisando de uma superblitz para conter diversas situações irregulares no transporte rodoviário de algumas empresas”.

Para o capitão Anthony Moraes Costa, representante do Observatório Nacional de Segurança Viária no Estado, a duplicação de estradas pode ter impactos significativos na segurança viária, mas os efeitos dependem de como o projeto é planejado e executado, além da participação efetiva do condutor.

“De modo geral, estradas duplicadas impactam positivamente na segurança viária, pois são capazes de reduzir um dos principais fatores de morte no trânsito em vias rápidas, que é a colisão frontal, já que a melhora do fluxo viário reduz significativamente a incidência de ultrapassagens perigosas”.

Outro fator significativo no seu entendimento é a possibilidade de padronização das velocidades através da criação de faixas exclusivas, nas quais os veículos circulem em velocidades semelhantes, diminuindo o conflito.

“Porém, como sempre ocorre nas questões de trânsito, as melhorias por si só não vão impedir a ocorrência de sinistros graves”, disse.

“Mesmo que a estrutura viária seja incrementada com duplicação, acostamentos, sinalizações, barreiras de contenção e até pistas de escape, se o principal fator tutelado, que é o condutor, não participar da promoção da segurança desejada, mortes continuarão a ocorrer. Afinal, pistas duplicadas também podem estimular a velocidade excessiva e o desrespeito às normas básicas de segurança”.

Imagem ilustrativa da imagem Duplicação da BR-101 poderia evitar mortes, dizem especialistas

Obras no trecho dependem de ajustes no contrato

O trecho onde ocorreu o acidente no último domingo – o km 361 da BR-101, em Anchieta – não tem duplicação prevista neste momento. A Ecovias 101 informou que depende da repactuação do contrato de concessão para poder dar sequência aos projetos de duplicação da BR-101 no Estado.

Segundo a concessionária, atualmente 115,92 km são duplicados. Na região em que ocorreu o acidente, os trechos duplicados vão do Km 348,3 ao 357,6 e do Km 363,10 ao 365,30.

“A Ecovias 101 trabalha também nas obras de duplicação entre os municípios de Guarapari e Anchieta. Nesse segmento, que compreende 22 quilômetros, 21 já foram liberados ao tráfego, incluindo pontes e viadutos”.

Com o processo de otimização contratual em andamento, novas frentes de trabalho estão sendo planejadas. “O novo contrato de concessão da BR-101, previsto para ser executado a partir da repactuação, possibilitará a realização de novas obras”.

A Ecovias 101 lamentou o acidente. “A concessionária reforça o compromisso com a segurança e conforto dos usuários da rodovia”.

Com relação ao trecho em que o acidente ocorreu, a Ecovias 101 informou que o local possui sinalização horizontal em “excelentes condições e placa indicando velocidade máxima permitida de 60km/h”.

A curva onde a colisão aconteceu está dentro dos parâmetros estabelecidos em norma para a velocidade de projeto, segundo a concessionária. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre 2013 e 2024, houve redução de 67% nos acidentes e de 52% nos óbitos no trecho administrado pela concessionária.

Imagem ilustrativa da imagem Duplicação da BR-101 poderia evitar mortes, dizem especialistas
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