Criança morre em menos de três horas com suspeita de meningite em Cachoeiro

| 01/07/2020, 21:35 21:35 h | Atualizado em 01/07/2020, 21:39

Uma menina de três anos morreu em Cachoeiro de Itapemirim menos de três horas após começar a passar mal. Segundo familiares, Angela Isadora Silva Gomes teve um dia normal até sentir febre por volta de 21 horas de terça-feira (30). Às 23h30, ela não resistiu e morreu.

Médicos suspeitam de meningite, que é a inflamação da meninge, a membrana que reveste o cérebro ou meningococcemia, infecção bacteriana rapidamente fatal, pois atinge a corrente sanguínea.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/372x236/angela-isadora-silva-gomes-627891b18ca517f40735a45861ec6440/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Fangela-isadora-silva-gomes-627891b18ca517f40735a45861ec6440.jpeg%3Fxid%3D129924&xid=129924 600w, Angela Isadora Silva Gomes tinha 3 anos e morreu na terça-feira (30).
O Hospital Infantil, onde a criança estava internada, aguarda resultado do exame. O atestado de óbito apontou para parada cardíaca e choque séptico, como causa morte.

Angela foi sepultada ontem, por volta de 15 horas, no cemitério do bairro Coronel Borges, em Cachoeiro.

De acordo com o avô, o funcionário público Sebastião Apolinário Filho, 56 anos, a neta não apresentou sintomas. “Ela acordou bem, brincou o dia todo, tomou café, almoçou, fez o lanche à tarde. Só por volta de 21 horas começou a ter febre”, relembrou.

Segundo Sebastião, a avó Angela Maria Gomes, que cuida da criança, deu remédio para baixar a temperatura, mas a febre não cedeu.

Por volta de 22h a família procurou o Pronto Atendimento Infantil (PAI) do bairro Aquidaban, que transferiu a criança para o Hospital Infantil. Ela teve parada cardíaca. “Tentaram reanima-la, mas não teve jeito”, lamentou o avô.

A Secretaria de Saúde de Cachoeiro informou que deu início ao protocolo de profilaxia. Familiares e outras pessoas que tiveram contato com a menina vão receber medicamento a partir de hoje para evitar possível contaminação.

De acordo com o médico infectologista Luis Henrique Borges, tudo indica que a criança tenha sido vítima de meningococcemia em função da evolução rápida da doença.

“É provocada pela mesma bactéria que causa a meningite, só que evolui para a sepse – a invasão da corrente sanguínea – e pode ser fulminante”, explicou o especialista.

Ele explica que a melhor maneira de prevenir tanto a meningite quanto a meningococcemia é por meio de vacina, que é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas campanhas de vacinação.

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