Casos que surpreendem médicos nas emergências de hospitais
Desde situações de vida ou morte até pacientes em condições inusitadas, eles desafiam as equipes de saúde
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Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), histórias surpreendentes fazem parte da rotina de médicos e de enfermeiros. Desde casos de vida ou morte até pacientes em situações inusitadas, eles desafiam as equipes de saúde e exigem habilidades emocionais importantes para a tomada de decisões em condições de urgência.
O avanço da tecnologia é aliado na abordagem de casos sensíveis em emergências médicas. O coordenador médico da UTI do Hospital Estadual de Urgência e Emergência (antigo São Lucas), Rodrigo Conti, analisa que a área da terapia intensiva tem evoluído nos últimos anos, principalmente em relação à tecnologia de monitoramento contínuo.
“Isso engloba diversos dispositivos e sistemas que ajudam a identificar alterações no estado clínico e guiar intervenções terapêuticas. Esses dispositivos podem ser usados em diversos perfis de pacientes graves com casos complexos, como, por exemplo, os pacientes com lesões cerebrais”.
No dia 1º de janeiro deste ano, o médico Denis Soprani, do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), recebeu uma paciente com um ferimento na cabeça, por arma de fogo, próximo à região malar, conhecida como “maçã do rosto”.
Após uma tomografia do crânio, o médico descobriu algo inusitado: a bala entrou pela bochecha direita, passou pelos dentes molares, fraturando-os, atravessou os seios da face e saiu do lado esquerdo da cabeça, alojando-se no músculo temporal esquerdo. A paciente sobreviveu.
“Uma união de fatores pode ter contribuído para o quadro: a distância do disparo, o ângulo de entrada do projétil e o calibre da arma. Ainda assim, pelo trajeto que a bala fez na cabeça da paciente, poderia ter causado morte imediata”, analisa Denis Soprani.
O cardiologista da Rede Meridional Pedro Henrique Cellia revela que, no trabalho em emergência médica, já chegou a atender um paciente que acreditava ter ingerido uma lasanha envenenada por um parente.
“Ele procurou a emergência do hospital para fazer um check-up e verificar se estava tudo bem, ou seja, se não havia sido envenenado”, contou.
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