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Cidades

Brasileiro passa mais de 5 horas por dia em aplicativos


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Seja para trabalhar, pagar as contas, jogar ou, simplesmente, checar as novidades nas redes sociais, o celular está quase sempre nas mãos dos brasileiros. É tanto que o Brasil já é o país em que a população mais gasta tempo com o aparelho.

Um levantamento mundial, divulgado nesta semana, mostra que os brasileiros passam mais de cinco horas por dia utilizando aplicativos em seus smartphones. Houve um aumento de 30% no uso desde 2019, de acordo com o estudo feito pela empresa App Annie, uma das maiores companhias de análise do mercado mobile do mundo.

Além do Brasil, somente um país ultrapassou a marca de cinco horas de uso diário: a Indonésia. Na sequência, aparecem países como Índia, Coreia do Sul, México, Turquia, Japão, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Rússia e Argentina, todos esses entre três e quatro horas de uso diário.

Quem está na média brasileira de cinco horas por dia usando o celular é a modelo Ana Paula Santana Lopes, de 22 anos.

“Uso quase o tempo todo. Tudo que é possível resolver pelo celular eu prefiro: trabalho, pagar contas e entrar nas redes sociais, que é o que eu mais uso, como Instagram e WhatsApp. Fico entre cinco e seis horas por dia, mas sei os momentos de parar”, afirma.

Imagem ilustrativa da imagem Brasileiro passa mais de 5 horas por dia em aplicativos
A modelo Ana Paula Lopes, 22 anos, fica até seis horas por dia no celular. “Mas sei os momentos de parar”, afirma |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

A psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Pio XII, Paula Jenaína da Costa, relaciona o aumento expressivo das horas em aplicativos com a pandemia.
Com aumento de 30% neste período, o Brasil só fica atrás da Rússia (45%), Turquia (40%) e Indonésia (35%).

“O que chamamos de 'internet das coisas', para compras, serviços, relacionamentos, foi o principal meio usado na pandemia, que deixou tudo mais virtual. Por sermos muito calorosos, em relação a outros países, sentimos mais o distanciamento, então as redes sociais tornaram-se uma fuga”.

Paula ressalta, porém, que o País já tinha características socioeconômicas que favoreciam o tempo maior diante das telas. “O Brasil passou por uma crise econômica e o trabalho informal cresceu muito. Temos de levar em conta essa situação, onde as redes sociais e a internet passaram a ser fonte de renda”.


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Países com mais tempo de uso do celular por dia

  • 1º Brasil – 5.4 horas por dia

  • 2º Indonésia – 5.3 horas por dia

  • 3º índia – 4.9 horas por dia

  • 4º Correia do Sul – 4.8

  • 5º México – 4.7

  • 6º Turquia – 4.5

  • 7º Japão – 4.4

  • 8º Canadá – 4.1

  • 9º EUA – 3.9

  • 10º Inglaterra – 3.8

  • 11º Rússia – 3.7

  • 12º Argentina – 3.6

  • 13º Austrália – 3.6

  • 14º França – 3.5

Países com maior aumento no uso do celular

  • 1º Rússia – 45% de aumento

  • 2º Turquia – 40%

  • 3º Indonésia – 35%

  • 4º Brasil – 30%

Aplicativos mais usados

  • 1 – YouTube (vídeo)

  • 2 – HBO Max (streaming)

  • 3 – Tinder (aplicativo de encontro)

  • 4 – Disney+ (streaming)

  • 5 – Twitch (transmissões em vídeo)

Aplicativos mais baixados

  • 1 - TikTok (rede social de vídeo)

  • 2 – YouTube (vídeo)

  • 3 – Facebook (rede social)

  • 4 – WhatsApp (aplicativo de mensagem)

  • 5 – Zoom Cloud Meetings (aplicativo de reunião online)

Estudo

  • O estudo foi feito pela App Annie, agência focada em análise do mercado mobile.

  • A pesquisa, feita com base nos resultados do segundo trimestre de 2021, foi divulgada esta semana, pela revista Forbes.

  • Também foi analisado o período a partir de 2019 para levantar dados sobre o aumento do uso.

  • Em todo o mundo, os resultados sugerem que a pandemia de covid-19 impulsionou muito o aumento do tempo dos usuários nos software, ocasionando um crescimento de 45%.

Fonte: App Annie.


Uso exagerado afeta visão, coluna e até o psicológico

O uso excessivo do celular, como ficou demonstrado no levantamento, pode trazer riscos à saúde, segundo especialistas de diferentes áreas. Problemas de visão, coluna, distúrbios do sono, psicológicos e até cardíacos estão entre eles.

Imagem ilustrativa da imagem Brasileiro passa mais de 5 horas por dia em aplicativos
Jovens no celular: riscos |  Foto: Divulgação

O oftalmologista César Ronaldo Filho, do Hospital de Olhos de Vitória, afirma que a exposição excessiva às telas já tem levado pacientes aos consultórios.

“A síndrome do olho seco é a campeã. Há um número muito alto deste problema, que provoca o ressecamento ocular. Além disso, a falsa miopia aumentou muito”.

O oftalmologista explica que o excesso de atividade de leitura para perto faz com que o músculo ciliar, dentro do olho, fiquei contraído por muito tempo para fazer com que se possa enxergar de perto.

“Isso faz com que percamos a capacidade de relaxar esse músculo, que só fica relaxado quando observamos um objeto a, pelo menos, seis metros de distância. Tem uma regra que consiste em adotar o hábito de, a cada uma hora usando a visão de perto em uma tela, a pessoa deve passar 10 minutos olhando para um objeto distante”, orienta.

Outro problema é o sono, que pode resultar, inclusive, no risco cardiovascular, segundo o cardiologista e especialista em medicina do sono André Brandão.

“O uso desordenado, principalmente antes de dormir, com a exposição à luz azul da tela do celular, vai interferir na fisiologia do ciclo circadiano. Ou seja: a gente produz melatonina, e essa claridade – sobretudo antes de dormir – acaba prejudicando a produção de melatonina, gerando insônia”, explicou Brandão, que completa:

“Os pacientes insones são mais estressados e têm mais sonolência diurna – e esses problemas podem aumentar a pressão e o risco cardiovascular”, alerta.

Já no caso das dores, o problema se apresenta por conta da postura ao utilizar o celular, com o pescoço inclinado para frente. Essas posições erradas podem causar dores no pescoço, nos ombros, coluna e cabeça.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também fez um alerta, neste caso, para as crianças, citando riscos como ansiedade, depressão e irritabilidade.

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