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Cidades

Ameaça nuclear volta a assustar o mundo

Líder russo afirma ter prorrogado contratos dos soldados que lutam na Ucrânia, convoca 300 mil reservistas e ameaça países da Otan


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Imagem ilustrativa da imagem Ameaça nuclear volta a assustar o mundo
"Aqueles que tentam nos chantagear com armas nucleares devem saber que a direção dos ventos pode mudar e apontar para eles. Isto não é um blefe”, Vladimir Putin, presidente da Rússia |  Foto: Reprodução

Em pronunciamento à população russa – e mundial – pela TV, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou ontem que convocará 300 mil cidadãos da reserva para se unirem às tropas russas na guerra da Ucrânia, prorrogou o contrato de soldados no campo de batalha e fez ameaças nucleares ao Ocidente.

Esta é a primeira mobilização militar feita pela Rússia desde a Segunda Guerra Mundial. Ainda em seu discurso, Putin afirmou ontem que chantagem nuclear tem sido usada contra os russos.

“Gostaria de lembrar àqueles que fazem afirmações sobre a Rússia que o nosso país também dispõe de vários meios de destruição e que, em alguns casos, eles são mais modernos do que os dos países da Otan. Se a integridade territorial russa for ameaçada, utilizaremos todos os meios disponíveis para proteger a Rússia e o nosso povo. Isto não é um blefe”.

Putin não deixou claro a partir de quando os reservistas vão começar a ser convocados, e nem quanto tempo será necessário para convocar todos eles. 

O discurso de Putin é uma protelada admissão de que sua campanha de 210 dias para subjugar a Ucrânia fracassou em seus objetivos – não derrubou o governo de Volodimir Zelenski desde o início da invasão em fevereiro e sofreu reveses recentes no conflito.

Putin  disse ainda que irá proteger com armas nucleares, se necessário, as populações de território ocupados que pretende anexar após referendos a serem feitos em quatro regiões ucranianas no leste e no sul do país a partir de amanhã.

Com mais de 6 mil ogivas, a Rússia tem o maior arsenal nuclear do mundo. Dos integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), os Estados Unidos têm o maior poderio, com cerca de 5.500 ogivas. Os dados são do relatório anual do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri), de janeiro de 2021.

Os números exatos não estão disponíveis, já que os países mantêm diversas informações sobre seus programas nucleares sob sigilo. 

A ogiva é uma arma nuclear “guardada” em uma cápsula para ser colocada na parte cilíndrica de um foguete, míssil ou projétil. E as armas nucleares têm dois efeitos destrutivos: explosão e radiação.

Além das armas táticas, de menor poder destrutivo, há as maiores, que podem destruir grandes centros urbanos. Algumas dessas armas podem, por exemplo, chegar aos EUA em minutos.

Imagem ilustrativa da imagem Ameaça nuclear volta a assustar o mundo
|  Foto: Jornal A Tribuna

Especialistas divididos entre bravata e realidade

Especialistas em política internacional estão divididos entre bravata e realidade quanto à possibilidade da ameaça nuclear de Vladimir Putin se concretizar. 

Coronel da reserva da Forças Armadas alemãs e especialista em política de segurança Wolfgang Richter, disse em entrevista ao site DW que desde o início da guerra da Ucrânia os russos têm feito ameaças.

“A ideia por trás disso é possivelmente enviar um recado: se vocês (o Ocidente) interferirem na guerra (da Ucrânia) ou mesmo atacarem o território russo, um ataque nuclear torna-se mais provável”. 

Em entrevista à BBC, a ex-secretária-geral adjunta da Otan Rose Gottemoeller não descarta a possibilidade de que a Rússia possa, de fato, utilizar armas nucleares: 

“Receio que, agora, eles possam atacar de maneira imprevisível. E de uma forma que poderia envolver até mesmo o uso de armas de destruição em massa”, advertiu.

Já Richter não vê a situação de modo tão dramático e prevê o uso efetivo de armas nucleares em dois casos: “Primeiramente, se a Rússia for atacada por armas nucleares ou de destruição em massa. Em segundo, se a existência e a sobrevivência do Estado russo estiverem em jogo”.

Aumenta a procura por voos para sair da Rússia

Os voos para sair da Rússia dispararam – tanto em preço quanto em vendas – rapidamente ontem, depois que o presidente Vladimir Putin ordenou a convocação imediata de 300 mil reservistas.

Os voos diretos de Moscou para Istambul na Turquia e Yerevan na Armênia, ambos destinos que permitem a entrada de russos sem visto, estavam esgotados ontem, segundo dados da Aviasales.

Algumas rotas com escalas, incluindo as de Moscou a Tbilisi, também não estavam disponíveis, enquanto os voos mais baratos da capital para Dubai custavam mais de 300 mil rublos (R$ 25 mil) – 5 vezes o salário médio mensal.

O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse que a convocação será limitada àqueles com experiência como soldados profissionais, e que estudantes e aqueles que serviram só como recrutas não serão convocados.

Ontem, ao menos 1.400 pessoas foram presas na Rússia em protestos contra a ordem de Putin. Foram confirmadas detenções em 38 cidades, incluindo a capital Moscou.

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