"Aline partiu em paz e fazendo o que ela mais gostava", diz amigo de musa
Enterro da musa Aline Bianca, que morreu após passar mal horas após o desfile, reuniu multidão para uma última homenagem
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“Uma dor sem fim”. É como Rafael Aquino define o sentimento de perder a esposa Aline Bianca, de 38 anos. Ela desfilou como musa na madrugada do último domingo (23) no Sambão do Povo, pela Independente de Boa Vista. Horas depois, já em casa, passou mal e foi levada ao hospital, onde sofreu um infarto e não resistiu.
A Boa Vista foi a sexta e penúltima escola do Grupo Especial a desfilar, entrando na avenida às 5h28. O espetáculo durou 1h01. A musa desfilou a frente do segundo carro alegórico ao lado do também muso Jessé Ruffino.
Mãe de dois filhos, de 10 e 19 anos, Aline Bianca era dona de um salão de beleza que levava seu nome na Serra. Ela desfilava no Carnaval de Vitória há três anos e construiu uma relação forte com a Boa Vista.
O velório e enterro da empresária aconteceu na tarde dessa segunda (24) no Cemitério Jardim da Paz, em Civit II. Acompanhados por uma pequena multidão, amigos e familiares prestavam suas últimas homenagens enquanto lembravam com alegria de Aline em vida.
Em conversa com a reportagem de A Tribuna, Rafael disse que a mulher passou mal em casa, horas após o desfile e foi levada ao Hospital Meridional, na Serra, onde sofreu um infarto.
“A gente chegou por volta das 8h30 da manhã. Ela fez um omelete, dormiu cerca de uma hora, depois levantou para arrumar as coisas da festa de aniversário do nosso filho”, conta.
De acordo com ele, uma semana antes a empresária havia sentido dores no peito, mas o incômodo passou sozinho e não houve necessidade de ir ao hospital. “Depois de tudo, na autópsia, descobrimos isso. Foi tipo um pequeno infarto”, declara.
Ainda de acordo com ele, Aline havia ingerido energético com vodca antes do desfile.
O presidente da Independente de Boa Vista, Emerson Xumbrega, contou que, durante os desfiles de domingo, uma homenagem à musa foi realizada pela Liga no Sambão do Povo.
“Ela estava radiante. Receber essa notícia, horas depois do desfile, foi impactante. Um velório lotado desse jeito mostra que ela realmente era uma pessoa querida”.
ENTREVISTA
“Aline partiu em paz e fazendo o que ela mais gostava” - Ronny Anacleto, amigo de Aline Bianca
O comerciante Ronny Anacleto, de 33 anos, era amigo de Aline há 12 anos e foi padrinho de casamento dela. Ele conta que a amiga partiu em paz.
- A Tribuna: Como você vê a partida dela?
Ronny: Eu acredito que ela foi chamada porque seu trabalho terreno foi finalizado. Pessoas importantes como ela têm missões até do outro lado. Ela vai continuar ajudando de alguma maneira. Parece que Deus falou: “Aproveita que é seu último dia.” E ela aproveitou cada minuto.
- Ela sempre gostou do Carnaval?
Ela amava! A Aline era pura alegria. Onde chegava, transmitia paz, mas ao mesmo tempo era explosiva, um furacão. O sinônimo dela era festa.
- Como está a família dela?
Estão enlutados. Agora precisamos nos apoiar e lembrar do legado que ela deixou. Ela abençoou muitas vidas. Tenho certeza de que cada funcionário dela conseguiu conquistar algo graças a ela.
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