Vídeo: Motorista de aplicativo agride idosa com chute nas costas em Copacabana, no Rio
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Um motorista de aplicativo saiu do carro, invadiu um prédio e deu um chute nas costas de uma idosa de 68 anos que ele havia acabado de transportar. O caso ocorreu em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, na quarta-feira, 29. A mulher foi socorrida e está com dores, sinalizando eventuais efeitos da agressão.
O homem foi denunciado à polícia e deve ser indiciado por lesão corporal. Ele não teve a identidade informada pelas autoridades, por isso não foi possível localizar a defesa. A Uber diz que desligou o condutor da plataforma (leia mais abaixo).
Segundo a Polícia Civil, Maria de Fátima Silva Pires saiu de uma consulta médica, que fez por estar com suspeita de pneumonia, e chamou o carro de app para ir do médico até em casa, em Copacabana.
No trajeto, ela comeu biscoitos dentro do carro. Quando a corrida terminou, o motorista mandou a passageira limpar o banco, onde teriam caído migalhas do biscoito. Surpresa, ela não respondeu nada, saiu do veículo e entrou no prédio onde mora.
O motorista saiu do carro, aproveitou o momento em que o portão do prédio estava aberto, e correu atrás da idosa. Na sequência, deu um chute nas costas dela, derrubando a mulher, e saiu pelo mesmo portão, que não havia se fechado.
O porteiro do prédio socorreu a idosa, enquanto o motorista foi embora.
Recomposta, ainda que com dores, a mulher registrou o caso na 12ª DP (Copacabana), que já identificou o motorista e vai intimá-lo a prestar depoimento. Ele pode ser indiciado por lesão corporal de natureza grave, cuja pena varia de um a cinco anos de prisão, ou de natureza gravíssima, quando a punição varia de dois a oito anos de prisão.
A mulher faria exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) do Rio nesta sexta-feira.
A Uber, aplicativo por meio da qual foi feita a corrida, divulgou nota lamentando o episódio e informando que desligou o motorista de seu quadro de colaboradores. “A Uber lamenta o caso e considera inaceitável o uso de violência. A conta do motorista parceiro foi banida da plataforma assim que a empresa tomou conhecimento do episódio.”
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Ministério Público estadual quer fazer um raio-x dos registros de violências contra mulheres, crianças, idosos e adolescentes e questiona plataforma sobre critérios adotados para admissão de motoristas, com indicação de quais delitos são considerados impeditivos para cadastro, considerando a checagem de antecedentes criminais; Uber afirma que segurança “é uma prioridade para a empresa e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, incluindo a checagem periódica de apontamentos criminais de motoristas parceiros”
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