X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

Vereador que invadiu sala restrita de unidade de saúde em Minas Gerais é cassado

Caso aconteceu em fevereiro deste ano no município da região do Vale do Jequitinhonha


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Vereador que invadiu sala restrita de unidade de saúde em Minas Gerais é cassado
Vereador que invadiu sala restrita de unidade de saúde em Minas Gerais é cassado |  Foto: Reprodução/Rede Social da Prefeitura Felício dos Santos

O vereador Wladimir Canuto (Avante) foi cassado pela Câmara Municipal de Felício dos Santos (MG) por ter entrado em uma sala restrita a atendimentos de urgência em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

O caso aconteceu em fevereiro deste ano no município da região do Vale do Jequitinhonha.

Os oito vereadores presentes na sessão concordaram na última quinta-feira (17) com a decisão da comissão processante da Casa, que recomendou pela cassação por quebra de decoro parlamentar.

Canuto não esteve presente na sessão e foi representado por seu advogado. Procurada, a defesa do vereador disse que irá recorrer da decisão "por entender ser inocente e que o processo político-administrativo contrariou garantias constitucionais".

Questionada sobre quais garantias teriam sido contrariadas, a defesa não informou.

Em publicação nas redes sociais, o vereador disse que foi na época investigar no centro de saúde por que a fila de pacientes não andava e que o episódio foi distorcido por seus colegas vereadores e pela prefeitura.

Canuto foi denunciado por ter invadido uma sala vermelha, destinada a atendimentos de emergência e maior complexidade. Na ocasião, um idoso de 93 anos passava por um procedimento de urgência. Ele morreu horas depois.

De acordo com testemunhas ouvidas pela comissão processante, o vereador foi alertado na ocasião de que o acesso à sala vermelha era feito apenas pelos profissionais de saúde. Elas disseram, porém, que não havia qualquer sinalização visível de que aquele ambiente tinha entrada restrita.

Ainda de acordo com o relato das testemunhas, o vereador causou desconforto e tensão aos profissionais que estavam em atendimento.

Ele teria permanecido por menos de um minuto na sala restrita, sem ter contato físico com pacientes ou com os profissionais e deixado o local após solicitação da médica.

A filha do idoso que morreu afirmou que seu pai já se encontrava em estado crítico de saúde e disse não acreditar que o episódio envolvendo o vereador tenha contribuído de forma direta a sua morte.

Canuto também foi indiciado pela Polícia Civil pelo suposto crime de homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) qualificado por motivo fútil em razão da morte do idoso.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que deve decidir pelo oferecimento ou não da denúncia. A reportagem não encontrou o advogado responsável pela defesa no âmbito criminal.

No processo de cassação, a defesa de Canuto afirmou que a presença dele na UBS aconteceu no exercício da atividade parlamentar.

O advogado disse que o vereador apenas abriu a porta da sala restrita e perguntou se havia médicos disponíveis e então se retirou, acrescentando que uma médica afirmou que a ação não teve relação com a morte do paciente.

O entendimento da comissão processante, referendado pelo restante dos vereadores, foi de que a conduta de Canuto extrapolou os limites de atuação do vereador ao ter pressionado e constrangido os profissionais e o corpo médico.

Em nota, a prefeitura disse que a Câmara Municipal cumpriu com sua obrigação constitucional e agiu com firmeza diante dos fatos.

"A cassação representa, de forma inequívoca, o resultado direto de atos incompatíveis com a conduta que se espera de um representante do povo", disse a gestão municipal.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: