Governo encontra outros óleos vegetais em azeites e desclassifica duas marcas
Entre novembro e dezembro de 2024, 30 mil litros de azeite das marcas Doma e Azapa foram recolhidos
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O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) emitiu um alerta de risco ao consumidor sobre duas marcas de azeite de oliva consideradas impróprias para o consumo.
Entre novembro e dezembro de 2024, 30 mil litros de azeite das marcas Doma e Azapa foram recolhidos por apresentarem outros óleos vegetais em sua composição, diz o órgão. Nesta semana, o ministério divulgou também o recolhimento de outros 10 mil litros do azeite da Azapa em um centro de distribuição em Osasco, na Grande São Paulo.
Em nota, a Domazzi Importadora, responsável pela marca Doma, afirma que foi surpreendida com o resultado das análises realizadas.
"A Domazzi esclarece que não realiza qualquer tipo de manipulação ou alteração nos produtos que importa. Assim que tomou conhecimento do caso, a empresa determinou imediatamente a retirada do produto das gôndolas e iniciou um processo de apuração junto ao fabricante chileno para esclarecer a situação e tomar as medidas cabíveis", diz.
A Master ATS Supermercados, responsável pela Azapa, afirma que não é realizado qualquer tipo de manipulação ou alteração nos produtos importados e que, quando tomou conhecimento da irregularidade em questão, determinou a imediata retirada do produto de todos os pontos de venda do grupo.
O fabricante e exportador chileno, Santiago Foods, já foi notificado para fornecer os esclarecimentos cabíveis. "A empresa Master ATS Supermercados LTDA. reitera o seu compromisso com a qualidade e segurança de todos os produtos ofertados em seus pontos de venda, bem como em manter sempre os mais altos padrões de qualidade, integridade dos produtos, transparência e respeitos com seus clientes", diz em nota.
Segundo o ministério, a medida foi tomada após análises laboratoriais confirmarem a presença de outros óleos vegetais na composição dos produtos, o que está em desacordo com o regulamento técnico para a venda do alimento.
Segundo o ministério, a comercialização dos produtos configura infração e estabelecimentos que mantiverem os itens à venda poderão ser responsabilizados.
Consumidores que já compraram os produtos podem pedir a troca nos supermercados e outros estabelecimentos comerciais. É possível denunciar a venda de produtos fraudulentos no canal Fala.Br, indicando o local de compra.
Como identificar um azeite falsificado?
Os consumidores devem se atentar a alguns detalhes durante a compra. É recomendado desconfiar de preços abaixo da média e evitar comprar azeite a granel.
Também é possível conferir a lista de produtos irregulares já apreendidos pela pasta, disponibilizada no site, e verificar se a empresa está registrada no Mapa.
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