Estudantes desenvolvem projeto de irrigação para plantação de tomates

Alunos do Colégio Marista, em Vila Velha, utilizaram conhecimentos em programação e elétrica para criar a tecnologia

Daniela Esperandio | 03/01/2024, 15:54 15:54 h | Atualizado em 03/01/2024, 15:56

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/160000/372x236/Estudantes-desenvolvem-projeto-de-irrigacao-para-p0016170400202401031554/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F160000%2FEstudantes-desenvolvem-projeto-de-irrigacao-para-p0016170400202401031554.jpg%3Fxid%3D698948&xid=698948 600w, Os professores Ricardo Scopel e Diana Storch com os alunos Paulo Sergio Deutz e Breno Menezes na horta

Muito além da teoria! Estudantes do ensino médio da Colégio Marista Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha, colocaram a mão na massa e criaram um projeto de irrigação ecológica e autônoma para uma plantação de tomates.

A ideia foi uma proposta dos próprios alunos durante aulas das disciplinas de itinerário formativo (Engenharia e Matemática), as quais contavam com discussões de como colocar os conhecimentos em prática.

Ricardo Scopel Alves Pereira, professor de Matemática, explicou que, para a ação, foram trabalhados conhecimentos de programação e elétrica, sendo que o Arduino, plataforma programável de prototipagem, foi utilizado.

Através de sensores, ele fez o monitoramento da umidade do solo e, de acordo com os parâmetros encontrados na programação, a horta passava a ser irrigada ou não.

Segundo Diana Lopes Storch, auxiliar educacional e profissional responsável pelo laboratório de Educação Tecnológica do Marista, o projeto foi bastante benéfico para a educação dos adolescentes.

“As ações foram importantes para desenvolver habilidades práticas, promover a consciência ambiental e estimular a criatividade, dedicação nos estudos e trabalho em equipe”, disse Diana.

Breno Menezes Mazzi, de 17 anos, foi um dos alunos participantes e só teve elogios para a iniciativa.

“Tivemos oportunidade de entender como funciona o trabalho em equipe de maneira mais aprofundada, pois foram divididos cargos entre a gente. Aprendemos também muito sobre programação na linguagem C++ utilizada pelo Arduino”.

Outro aluno que ajudou a desenvolver o que pode ser considerado uma verdadeira “horta inteligente”, foi Paulo Sérgio Deutz Andrião, de 16 anos. Assim como Breno, o jovem afirmou ter tido um bom aprendizado de robótica no processo. “Descobri uma afinidade significativa com a área”.

Diana ressaltou que o sistema de irrigação continuará funcionando no próximo ano, sendo que a intenção é aprimorá-lo e aumentar o tamanho do experimento.

Ela também explicou que o projeto foi destinado apenas ao plantio de tomate porque a fruta é de uma cultura de plantação resistente, além de se adaptar a uma variedade de condições.

FIQUE POR DENTRO

É possível monitorar a umidade do solo

Horta inteligente

O projeto de irrigação autônoma funciona utilizando o Arduino, uma plataforma de prototipagem programável. Com isso, é possível monitorar a umidade do solo.

Se o solo estiver seco, o sistema libera água; se estiver seco e ensolarado, a liberação é cancelada para evitar danos às plantas com água quente. Isso garante que a plantação esteja sempre com a umidade adequada para os tomates.

Por se tratar de uma horta pequena, é possível fazer cada setor de plantação controlado individualmente.

A horta possui dois esquemas de irrigação: um deles molha a raiz da planta por gotejamento e o outro as folhas e a área por aspersão, possibilitando melhor desenvolvimento.

Por mais que o objetivo do projeto seja irrigar tomates, qualquer planta poderia ser irrigada, porque o código utilizado é configurável. Ou seja, pode ser definida a umidade do solo adequada para qualquer tipo de cultivo.

Fonte: Alunos participantes.

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