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Agro ES

"Chuva de veneno" aumenta risco de contaminação e ameaça produção de mel no ES

Segundo especialistas, pulverização por drone é responsável por série de impactos negativos em plantações


Imagem ilustrativa da imagem "Chuva de veneno" aumenta risco de contaminação e ameaça produção de mel no ES
Eduark mostrou o drone utilizado para fazer medição de terras: “Não agride o meio ambiente e nem a gente” |  Foto: Clovis Rangel

Pesquisas mostram que, nos últimos anos, o uso de drones para a pulverização de agrotóxicos em plantações tem se tornado cada vez mais comum.

Especialistas relatam que essa “chuva de veneno” aumenta o risco de contaminações, devido ao que chamamos de “deriva”.

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“Os agrotóxicos lançados não seguem uma rota estabelecida e podem se espalhar para plantações vizinhas, cair sobre os trabalhadores, animais, a população local, as casas e escolas, além de contaminar rios. A deriva provocada por drones é, pelo menos, o dobro da causada pelo uso de equipamentos terrestres”, afirma o engenheiro ambiental Eduark Gava Cibin, de 31 anos.

“Hoje já sabemos que os agrotóxicos podem causar vários tipos de câncer, distúrbios hormonais, infertilidade, depressão, problemas respiratórios ou até levar à morte”, completou.

O engenheiro citou ainda um caso que aconteceu recentemente em Marilândia, no Norte do Estado, onde um apicultor perdeu mais de 300 quilos de mel e várias abelhas por causa da pulverização por drone de um agricultor vizinho à propriedade dele.

“Uma pulverização em Marilândia causou grande prejuízo a um apicultor. Ele perdeu mel e várias abelhas morreram. Os efeitos da contaminação pela deriva dos drones são vistos na prática: na última década, houve registros de intoxicação de indígenas no Mato Grosso do Sul, de comunidades rurais no Maranhão e de crianças em uma escola de Goiás, segundo dados divulgados pela Agência Pública no ano passado”, complementou o engenheiro.

Eduark revelou também que é dono de uma empresa de e serviços agrícolas no Sul do Estado. Segundo ele, os drones também podem ser usados para outros fins nas lavouras, menos prejudiciais para o meio ambiente.

“Nós, por exemplo, usamos os drones para fazer medição de terras. Esse não agride o meio ambiente, nem a gente”.

Já o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) orientou quanto à obrigatoriedade de registro no órgão por empresas que prestam serviço de aplicação de agrotóxicos no Estado, inclusive aquelas que utilizam drones para essa finalidade.

O procedimento atende a normatizações federal e estadual e visa garantir que sejam cumpridas as exigências necessárias.

Depoimento

“Danos irreversíveis no mundo todo”

“O uso de drones na pulverização de agrotóxicos em lavouras tem causado danos irreversíveis no mundo todo, principalmente relacionado as abelhas.

Por causa disso, elas estão morrendo. Sem abelhas não temos polinização e, sem isso, não temos água, alimento. A saúde da humanidade está em risco. Quando falamos nesse tipo de pulverização, falamos em contaminação de nascentes, de rios. As abelhas estão sumindo e uma catástrofe ambiental pode acontecer”.

- Karina Carvalho, presidente do Instituto Brasileiro de Apoio ao Desenvolvimento Social e Econômico e Coordenadora da Câmara Técnica de Apicultura e Meliponicultura do Estado.

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