Professores de escola particular têm sintomas de Covid e aulas são suspensas
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Após quase um mês do retorno das atividades presenciais, os alunos do 1º ao 5º ano de ensino do Centro de Ensino Charles Darwin, de Vila Velha, vão ter de estudar de casa novamente.
As atividades presenciais na escola foram suspensas após quatro professores apresentarem sintomas compatíveis com quadro de síndrome gripal.
Em um comunicado enviado aos pais desses alunos, a instituição afirma que a medida foi tomada para atender às exigências descritas no protocolo de retomada educacional e na Nota Técnica Estadual Covid-19 de número 79/2020. Com isso, até o dia 13 deste mês, as atividades serão mantidas de forma remota.
No documento, com data do dia 31 de outubro, a equipe pedagógica da escola informou também que “um dos professores teve o diagnóstico confirmado” – não é informado se o diagnóstico é de Covid.
Presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), Moacir Lellis, afirma que a decisão de suspensão das atividades presenciais foi tomada pensando na segurança dos alunos.
Segundo Moacir Lellis, uma outra escola também tomou a mesma medida, na primeira semana do retorno das atividades, após um professor sentir os sintomas de Covid-19.
“A escola convocou os pais e, junto com eles, ficou decidido pela suspensão das atividades presenciais. Os estudantes voltaram a estudar remotamente. É uma medida para proteger os nossos alunos. Essa atitude está escrita no protocolo do governo, que devemos seguir a risca”, relatou.
Lellis destacou também que todas as escolas da rede particular de ensino sofrem uma rígida fiscalização por parte dos órgãos responsáveis no que diz respeito à transmissão da doença.
“As escolas têm de informar, por exemplo, todas as sextas-feiras, se teve algum caso suspeito na escola, se a pessoa foi testada e se seu exame deu positivo. Nós, do Sinepe, estamos pegando no pé de todas as instituições e cobrando com rigor os protocolos sanitários”, disse.
Sobre o caso dos quatro professores com sintomas gripais na escola de Vila Velha, o presidente do Sinepe acredita que eles possam não ter sido contaminados dentro da instituição.
Mais alunos no presencial
Cresceu o número de alunos que estão frequentando as aulas presenciais na rede particular de ensino da Grande Vitória.
De acordo com as instituições consultadas, desde o início das atividades, no mês passado, a taxa de adesão dos estudantes passou de 30% para 70%, apresentando um aumento de 40% em relação à primeira semana das aulas.
“Iniciamos com apenas 20% de alunos em cada turma e, rapidamente, este número foi crescendo. Hoje, estamos com quase 70% dos alunos do infantil e com muitas turmas de fundamental I quase completas”, informou a diretora pedagógica da escola Crescer PDH, Cláudia Bochour.
A diretora pedagógica do Colégio Pio XII, em Itapuã, Vila Velha, Solaine Favaratto Chibib, acredita que o aumento na frequência se deu pela confiança de pais nos protocolos de segurança adotados pelas instituições.
“Foi bem positivo para nós. A cada semana, aumenta o número de alunos que retornam. Eles e os pais estão vendo que estamos agindo com segurança”, afirma.
O aumento na presença de alunos no ensino presencial também foi percebido pelas instituições Sagrado Coração de Maria, Centro Educacional Leonardo da Vinci e Escola da Ilha, em Vitória; e pelo Colégio Marista de Vila Velha.
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