Homem tortura mulher no Cabo de Santo Agostinho usando vídeos da internet

|  Foto: Reprodução da TV Tribuna/Band

Uma jovem de 20 anos viveu momentos de terror nas mãos de seu companheiro, Caio Guilherme Ferreira da Silva, de 23 anos. Segundo relato da vítima, ele usava técnicas de tortura que teria aprendido na internet. O caso ocorreu no último domingo (19), no Cabo de Santo Agostinho, e teve desdobramentos chocantes. O município fica na Região Metropolitana do Recife.

A vítima, que vivia com o agressor há dois anos, já havia sido agredida anteriormente. No entanto, no domingo, a situação escalou para níveis extremos de violência. A vítima já tinha prestado queixas contra o companheiro por agressão, no passado, houve expedição de medida protetiva, mas continuava morando com ele, o que mostra o risco de morte ao se manter em relações violentas e a necessidade de buscar ajuda para sair da dependência física ou emocional.

No domingo, tudo piorou. Ela conta que, ao pedir que o companheiro entrasse em casa e parasse de beber, por já ser meia noite, ele respondeu: “Já estou preparado pra te matar”.

“

Ele me deu um soco tão forte no rosto, no lado esquerdo, que eu desmaiei. Quando acordei, ele continuou me agredindo, dando socos e chutes. Eu já não tinha força nem para me levantar Vítima,

Sessões de tortura

A vítima contou toda dor que viveu à repórter Simone Santana, da TV Tribuna/Band. A matéria foi exibida no Jornal da Tribuna1ª Edição, comandado por Artur Tigre.

Durante as agressões, o homem chegou a queimar a jovem com uma colher aquecida, dizendo que queria torturá-la antes de matá-la.

“Ele dizia que tinha aprendido técnicas (numa rede social) de como torturar alguém. Ele falava que não era suficiente eu morrer, que eu precisava sofrer antes”, contou a vítima.

Desesperada com as agressões, a jovem chegou a pedir que ele a matasse para que a dor acabasse, mas o agressor recusou e continuou a tortura.

Além das agressões físicas, ele tentou sufocá-la usando sacolas plásticas e até tentou afogá-la no banheiro.

Histórico de violência

Essa não foi a primeira vez que a jovem foi vítima de agressões. No início de 2024, ela conseguiu uma medida protetiva após um episódio em que, por ciúmes, Caio rasgou a roupa dela e a feriu com as unhas. No entanto, ele foi liberado após a audiência de custódia.

No último ataque, ele quebrou móveis, rasgou roupas e jogou tinta sobre os pertences dela, impedindo que ela pedisse ajuda ao destruir seu celular.

Fuga e pedido de socorro

A jovem conseguiu fugir ao fingir acalmar a cadela do casal. Na rua, tentou pedir socorro, mas não foi ajudada por três pessoas. Com dificuldade para se locomover devido aos ferimentos, ela encontrou ajuda com um homem, que ligou para sua mãe.

A mãe da vítima fez um apelo emocionado:

“Minha filha estava toda espancada. Isso não é um ser humano, é um bicho. Ele é um covarde. Quero justiça para que ele não faça isso com outra mulher. Que quem o vir pela rua, denuncie no 190”.

Justiça

O caso foi investigado pela 14ª Delegacia da Mulher do Cabo de Santo Agostinho. Caio está foragido. A vítima espera que medidas sejam todas para que outras mulheres não se tornem vítimas do agressor. O caso reforça a necessidade de denúncias e a importância de medidas efetivas para proteger mulheres em situação de violência.

Caio responde a dois processos no Tribuna de Justiça de Pernambuco. Um deles envolvendo este caso e outro de violência contra a mulher movido em Jaboatão dos Guararapes.