Ar da Grande Vitória tem bom nível de qualidade

Monitoramento classifica a qualidade do ar na região metropolitana como boa, índice mais alto na avaliação, em cerca de 95% das medições realizadas |  Foto: Divulgação

O relatório mais recente sobre a qualidade do ar da Grande Vitória aponta que o indicador da região foi classificado como bom em mais de 95% das medições realizadas.

Esse é o nível mais alto na escala do Índice de Qualidade do Ar (IQAr), que representa o grau de pureza ou contaminação da atmosfera em um determinado local e período.

Os dados do relatório levam em conta todas as medições realizadas ao longo de 2023. Essa avaliação considera a concentração de poluentes presentes no ambiente e seus efeitos na saúde humana e no meio ambiente.

A medição utiliza as redes de monitoramento que capturam dados sobre os níveis de poluição e fatores meteorológicos, oferecendo um panorama essencial para a gestão ambiental e a proteção da população.

O professor Aurélio Barreto, que é doutor em Ciências e docente do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), destacou que, nos últimos anos, regulamentações e a legislação reduziram os níveis de poluição permitidos. Isso significa que, para afirmar que o ar está bom hoje, ele tem de atender a parâmetros mais rígidos.

“A concentração de poluentes permitida foi reduzida, para que a qualidade do ar fique melhor. Isso vai refletir no IQAr, que é baseado nos limites da legislação, e significa que o ar classificado como bom hoje é melhor que o ar bom de 2018”, explicou Aurélio.

De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, nos últimos 20 anos, os índices de poluição estão em forte queda.

“Para que a qualidade de vida da população seja ainda melhor, estamos criando novos parâmetros de monitoramento, mais rígidos, por meio da regulamentação da Lei 1.014/2023, que criou a Política Estadual de Qualidade do Ar”.

Para essa melhora, foram investidos, entre 2022 e 2023, R$ 8 milhões na modernização dos equipamentos da rede de monitoramento do ar, segundo o coordenador de Qualidade do Ar do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Vinicius Rocha da Silva.

Há também a previsão de instalação de três novas estações de monitoramento do ar na região metropolitana até 2026.

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A concentração de poluentes permitida pela legislação foi reduzida, para que a qualidade do ar fique melhor Aurélio Barreto, professor e pesquisador

Acompanhamento contínuo

A rede de Monitoramento da Qualidade do Ar do Iema conta com um conjunto de estruturas instaladas em 12 pontos estratégicos, equipadas com analisadores e instrumentos de medição capazes de medir periodicamente as concentrações dos poluentes na atmosfera.

Monitoramento da Grande Vitória

Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar

Dados são divulgados no site do Iema

O que é

• O IEMA conta com duas redes de monitoramento na Grande Vitória: a Rede Manual de Monitoramento de Poeira Sedimentável (RMPS RGV), responsável pelo acompanhamento da poeira conhecida como pó preto, e a Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar da Grande Vitória (RAMQAR RGV), que verifica gases (NOX, SO2, O3, CO, hidrocarbonetos), material particulado e condições meteorológicas.
• A RMPS RGV está em operação desde o ano de 2009 e faz o monitoramento manual de poeira sedimentável em 12 pontos da Grande Vitória.
• JÁ A RAMQAR foi instalada em 2000 e conta com 10 estações.

Índice de Qualidade do Ar

• FOI CRIADO visando facilitar o entendimento e a divulgação dos dados de monitoramento da qualidade do ar. Ele é calculado considerando os critérios e limites estabelecidos pela Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 491/2018 e classifica o ar como bom, moderado, ruim, muito ruim e péssimo. Cada estação conta com um índice diferente.
• A população pode acompanhar o IQAr no site do Iema, pelo link:

https://iema.es.gov.br/qualidadedoar/indicedequalidadedoar.

Cenários

• EM CASO de piora da qualidade do ar que ocasione maior risco, a população será informada. O Iema destaca que, até o momento, não foram observados cenários críticos de qualidade do ar na Grande Vitória.

Fonte: Iema.