XP procura talentos no Espírito Santo
O processo seletivo X-Day será no dia 7 de dezembro, para atuar na assessoria de investimentos. E nem é preciso ser economista
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Para ampliar o atendimento e conquistar ainda mais clientes, a XP Investimentos vai realizar, no mês que vem, um dia de processo seletivo para encontrar novos talentos, não havendo sequer necessidade de ser formado em Economia para participar. E há vagas para o Estado.
Esse foi um dos pontos abordados pela líder regional no Espírito Santo e em Minas da XP Investimentos, Cecília Perini, no quadro Histórias Empresariais.
Com amplo domínio técnico sobre investimentos, mas sempre com um sorriso no rosto e um diálogo leve e informal, ela falou com o jornalista Rafael Guzzo sobre as possibilidades de obter retorno financeiro, entre outros temas.
- A Tribuna - Bom, sou cliente da XP e sei da revolução que ela provocou no mundo dos investimentos, com atuação de olho no pequeno investidor, como é o meu caso. Alguns bancos só buscam o grande investidor. A XP atua de forma diferente, certo?
Cecília Perini - Sem dúvida. A conversa já começa boa sabendo que você é cliente (risos). A XP realmente abriu o mercado e buscou democratizar o acesso do pequeno e do grande investidor ao mercado financeiro. Antes, o cliente era refém em aplicar e investir na instituição da qual era cliente. E isso mudou muito.
Com relação ao tamanho do cliente, a gente nasceu da educação financeira. Tem gente que está saindo da poupança, entrando aqui, não conhece nada e vai se familiarizando. É uma espécie de cardápio de investimentos.
- Hoje, a taxa de juros está alta e há várias opções muito mais interessantes que a poupança, que rende ali seus 6% ao ano. Então, esse público mais tradicional entra na XP e vai se familiarizando aos poucos com outros produtos financeiros?
A prioridade é realmente tirar o investidor da poupança. Hoje, a gente tem diversos investimentos. Seja pelo Tesouro Direto, CDB ou um fundo de renda fixa mais simples, ele vai ganhar mais. Então, a gente separa o investidor em classificações. Quem está começando, que só tem uma reserva de emergência, terá recomendações de investimentos com menor risco.
- E para quem admite correr risco? Muita gente no Estado tem interesse em renda variável, em ações, por exemplo?
A gente incentiva a diversificação. Claro que tem pessoas com apetite maior ao risco. Acho que entra no perfil de cada um. Alguns têm mais apetite pelo risco, gostam de acompanhar o mercado, os papéis.
Mas a gente vê uma tendência de pessoas buscarem entender um pouco mais. Isso que é importante.
- É possível prever com certa garantia que uma ação vai se valorizar se você for um bom analista do mercado, ou é melhor ficar com o pezinho atrás?
Nossos analistas trazem muito contexto de economia, cenário econômico e projeções para embasar qualquer recomendação. Então tem um embasamento. Claro que não é certeza, até porque quando a gente pega as principais ações, elas não têm risco Brasil apenas, mas também de outras economias.
Agora a certeza é muito difícil, ela é sempre complicada. Nem na poupança você tem certeza. O investidor tem de tomar muito cuidado com esses gurus, com essas recomendações, porque hoje, como tem muito acesso à informação sobre investimentos na internet, todo mundo vira especialista.
- Vamos falar um pouco da XP no Brasil e de sua atuação aqui no Espírito Santo. Quantos assessores atuam hoje na XP?
A gente tem mais de 14 mil assessores espalhados no Brasil todo, que levam assessoria para nossos clientes também. Então, quando a gente fala da minha operação, eu cuido de Minas e Espírito Santo.
A gente tem aproximadamente 150 assessores que atendem esse cliente regionalmente. Com a pandemia, optamos por regionalizar o atendimento, antes centralizado em São Paulo. Hoje, temos assessores em mais de 150 cidades.
- E tem uma sede física da XP aqui no Espírito Santo?
A gente tem um espaço onde os assessores trabalham, mas não é um espaço para atender clientes oficialmente. Estamos preparando um espaço físico onde realmente poderemos atender os clientes.
E aí, inclusive, vai atender os dois canais. Qualquer cliente da XP vai poder utilizar, vai ter eventos para todos os clientes.
- As pessoas ainda querem ir lá ser atendidas fisicamente?
Muitos clientes já preferem o atendimento remoto, pela praticidade. Manda uma mensagem, faz uma ligação de vídeo e já resolve. Mas ainda tem muitos clientes que gostam (do atendimento presencial). E a gente mesmo também gosta de estar perto do cliente.
- Qual é o grande desafio hoje da XP?
Um dos nossos principais objetivos é manter um nível de assessoria alto para que o cliente continue com a gente. E a gente quer dobrar, praticamente, nosso número de assessores para atingir mais clientes. Aqui no Estado também.
- Então há vagas?
Sim. Inclusive, no dia 7 de dezembro, nós vamos fazer um processo seletivo chamado “X-Day”, em 30 cidades. Não será necessário ser economista para disputar a seleção. Porque não vai ser uma prova, mas sim um processo seletivo, onde vamos avaliar habilidades comerciais, se a pessoa gosta de trabalhar com gente, de lidar com clientes, enfim, ter essa relação interpessoal. Além de ter de gostar de investimentos, é claro.
Vamos avaliar diversas habilidades. Não temos um número certo de vagas, e vai durar o dia todo.
PERFIL
Cecília Perini
> Tem 36 anos de idade e está há 15 atuando diretamente no mercado financeiro.
> É mãe de duas meninas, uma de 11 anos e outra de 8. É nascida e criada em Vitória.
> Começou a trabalhar com 14 anos no setor de câmbio, o que a motivou a fazer faculdade de Economia, na qual se formou.
> Atuou como agente autônoma da XP por um ano e depois em bancos, como o Itaú. Até que, em 2020, foi convidada pela XP para atuar no projeto de regionalização.
> Ama cozinhar e correr, já tendo, inclusive, participado de maratonas.
CURIOSIDADE
Corrida e cozinha
Cecília conta que concilia o trabalho e o cuidado das filhas com hobbys principais: a jornada como mãe de duas filhas, o amor pela cozinha e o costume de correr.
“Eu sou maratonista, é o meu principal hobby. A corrida me conecta muito com a minha vida no mercado financeiro, porque demanda muita disciplina, foco. Você não pode se distrair, porque senão o seu treino fica para trás. Também amo cozinhar, principalmente fazer frutos do mar”.
Realidade do mercado
Cecília conta que apesar de haver muito interesse das pessoas pelo mercado financeiro, a realidade acaba tornando difícil encontrar profissionais adequados.
“É preciso virar a chave e entender que é preciso estudar bastante. Não é só ler relatório e dar recomendação. Tem de acompanhar o mercado, falar com muitos clientes. Não é simples encontrar bons profissionais, mas temos achado esses profissionais”.
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