Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Tribuna Livre

Tribuna Livre

Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Superar o medo e a ansiedade associados ao coronavírus

| 29/03/2020, 09:37 09:37 h | Atualizado em 29/03/2020, 10:49

O medo do coronavírus tomou conta do mundo, enquanto escrevo esse texto quase 650 mil casos foram confirmados e 30 mil pessoas mortas por causa da Covid-19. Nesse artigo, explicarei de onde vem a nossa ansiedade e como superá-la.

De onde vem a nossa ansiedade? Como psicólogo, aprendi que a ansiedade e o pânico nascem do medo, e que a principal função evolutiva do medo é para nos ajudar a sobreviver. De fato, o medo é o mecanismo de sobrevivência mais antigo que temos.

A ansiedade, definida como “um sentimento de preocupação, nervosismo ou desconforto, geralmente sobre um evento iminente ou algo com um resultado incerto”, surge quando nosso cérebro não tem informações suficientes para prever com precisão o futuro.

A incerteza relacionada ao coronavírus é abundante e, sem informações precisas, é fácil para o nosso cérebro criar cenários de medo e pavor.

Quando não conseguimos controlar a nossa ansiedade, essa febre emocional entra no estágio de pânico.
Pânico é definido como “medo ou ansiedade repentina e incontrolável, geralmente causando um comportamento descontrolado”.

Reprimidos pela incerteza e pelo medo do futuro, as partes racionais de nossos cérebros se desligam. Logicamente, sabemos que não precisamos de um suprimento de papel higiênico por seis meses, mas quando vemos o carrinho de alguém empilhando no supermercado, a ansiedade nos infecta e entramos no modo de sobrevivência.

E como superar a ansiedade? Como não entramos em pânico?

É necessário enxergar como a incerteza enfraquece a nossa capacidade de lidar com o estresse, estimulando a ansiedade quando o medo atinge. Precisamos tomar consciência de duas coisas: de que estamos ficando ansiosos ou em pânico e quais são os resultados disso.

Isso nos faz enxergar se o nosso comportamento está realmente nos ajudando – o pânico pode levar a comportamentos impulsivos que são perigosos, como ir a um supermercado lotado para estocar comida.

Um exemplo prático para evitar esse tipo de impulso pelo pânico: se percebermos que temos o hábito de tocar o nosso rosto, podemos estar atentos a como agimos diante desse comportamento.

Se estamos começando a nos preocupar: “Ah, não, eu toquei no meu rosto, talvez eu fique doente!” É preciso respirar fundo e se perguntar: “Quando foi a última vez que limpei as minhas mãos?” Pense: “Oh, certo! Acabei de lavar as mãos”.

Por um momento apenas faça uma pausa e pergunte, dando à mente a capacidade de pensar.
Se apenas lavamos as mãos e não saímos em público, a probabilidade de ficarmos doentes é muito baixa.

Quanto mais podemos ver o sentimento positivo e os efeitos de uma boa higiene e compará-los com o sentimento negativo de incerteza, mais o nosso cérebro se move naturalmente em direção ao primeiro, porque se sente melhor.
Se mesmo assim você acredita que ainda precisa de auxílio, pode procurar uma terapia online. Uma opção viável nessa circunstância de quarentena.

PEDRO HENRIQUE BELLUMAT é psicólogo.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: