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Cidades

Sogro diz que piloto morreu fazendo o que mais amava


Imagem ilustrativa da imagem Sogro diz que piloto morreu fazendo o que mais amava
Luciano teve 80% do corpo queimado após a queda do avião. |  Foto: Acervo da família

“Meu genro morreu fazendo o que mais amava”. Essa foi a afirmação do sogro de Luciano Ferreira de Souza, durante o velório do piloto.

Luciano pilotava o avião que caiu em Guarapari na tarde de quarta-feira (19). Ele foi socorrido e levado para o Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na quinta (20).

“Ele amava voar. Era um ótimo profissional e uma pessoa ímpar. Morreu fazendo o que mais amava”, afirmou o sogro de Luciano, que preferiu não se identificar.

Ele teve 80% do corpo queimado após a queda. O copiloto, Fabiano Luiz Gonçalves, morreu carbonizado no local do acidente. O sogro de Luciano disse que as vítimas eram amigas.

“Eles eram amigos de verdade, de muitos anos. A tristeza é muito grande”, afirmou.

Durante o velório do piloto, que aconteceu na tarde de quinta, no Cemitério de Santo Antônio, em Vitória, a comoção era grande. Amigos e familiares foram prestar suas últimas homenagens.

“O Luciano era uma pessoa maravilhosa e um piloto experiente. Ele e a esposa estão no ramo da aviação há muitos anos. Não sabemos detalhes sobre o plano de voo e nem do que de fato ocorreu, mas acreditamos que ele tentou poupar vidas ao cair no galpão”, afirmou a cunhada de Luciano, que também preferiu não ser identificada.

O piloto tinha uma escola de aviação em Vitória, que funciona desde 2012. A cunhada de Luciano contou que ele teve mais de 40 turmas.

“É uma perda muito grande. Ele era uma pessoa muito querida pelos alunos. Além disso, participava de um grupo de casais na igreja. Tenho certeza de que ele deixou um legado na vida de cada um dos alunos dele”, afirmou a cunhada.

Imagem ilustrativa da imagem Sogro diz que piloto morreu fazendo o que mais amava
Enterro de Luciano Ferreira de Souza foi realizado no cemitério de Santo Antônio, em Vitória |  Foto: Dayana Souza/ AT/ 20/02/2020

Acidente
O avião monomotor Cherokee 180 decolou do Aeroporto de Guarapari, às 15h40, apresentou pane e caiu segundos após a decolagem. A aeronave destelhou um depósito e caiu ao lado dele, em uma casa abandonada. O avião explodiu com o impacto da queda, no bairro Aeroporto.

O acidente vai ser investigado pelo Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos - Seripa III, ligado à Aeronáutica.

Peritos vão analisar o abastecimento e o combustível

A perícia da Aeronáutica, que começou a ser realizada no local do acidente, na manhã de quinta, em Guarapari, vai investigar os equipamentos que restaram do avião que caiu e ficou em chamas. Também vai analisar o abastecimento e a qualidade do combustível usado.

A informação é do coronel-aviador Jefferson Pessoa da Silva de Araújo, assessor especial do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), da Força Aérea Brasileira.

A investigação, que segundo o coronel será complexa pelo fato de a tripulação ter morrido, será dividia por etapas.

“A primeira etapa é essa coleta de dados, observação de indícios, retirada de material, entrevista com testemunhas e fotografias, para partir para a próxima etapa, que é de pesquisa e análise, onde o material passará pelos exames necessários. A partir daí, começamos a etapa de construção de hipóteses e, ao final desse processo, nossas conclusões com as eventuais recomendações”, explica Araújo.

Ele completa: “Fica muito mais difícil. Quando você tem a declaração do piloto, você conhece todo o histórico e sabe exatamente o que ele fez. Essa é uma aeronave que não tem registradores de voo, gravador de voz ou de dados. Com o falecimento dos pilotos fica mais difícil e por isso a investigação passa a ser mais complexa”.

De acordo com Jefferson, a regulamentação não exige caixa-preta. Há categorias que precisam ter, que a ANAC estabelece, mas esse tipo de aeronave não precisa.

“A investigação vai começar por todas as áreas, e vamos analisar o abastecimento, qualidade do combustível, experiência do piloto na rota, a aeronave. Vamos investigar muitas áreas e o motor é uma delas”.

A perícia recolheu, com a ajuda da Defesa Civil Municipal e o Corpo de Bombeiros, o motor, acessórios ligados ao motor e outros elementos que ainda serão identificados. O monomotor modelo Cherokee 180 estava, em princípio, com o relatório de manutenção em dia, segundo o coronel-aviador.

SAIBA MAIS

O acidente

  • O avião decolou do Aeroporto de Guarapari às 15h40 de quarta-feira e tinha como destino Vitória.
  • Segundos após a decolagem, apresentou pane. A aeronave destelhou um depósito e caiu ao lado dele, em uma casa abandonada.
  • A aeronave monomotor, do modelo Cherokee 180, explodiu com o impacto.
  • O copiloto Fabiano Luiz Gonçalves morreu carbonizado após o acidente.
  • O piloto Luciano Ferreira de Souza chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento de Guarapari e foi transferido para o Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.
  • Luciano teve 80% do corpo queimado, não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada na manhã de ontem.
  • O acidente vai ser investigado pelo Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos- Seripa III.

Fonte: Pesquisa AT.

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