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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

Sócio real

| 03/03/2021, 10:42 10:42 h | Atualizado em 03/03/2021, 10:45

Precisou esperar o final da era Eurico Miranda para que o Vasco pudesse resolver as rusgas que o afastavam de seu admirador mais ilustre: Pelé.

O “Rei do Futebol”, figura maior do esporte mundial, não se permitia à aproximação com o clube de sua infância por causa dos embates políticos com o cartola vascaíno. Eurico, todo poderoso vice de futebol e com mandato de deputado federal em vigor, era crítico voraz do ministro de esportes Edson Arantes do Nascimento, autor da Lei que mudou a relação dos clubes com os jogadores.

Bem a seu estilo, o dirigente questionava o conflito de interesses de Pelé por sua participação na “Pelé Sports & Marketing”. E, nesta batalha, aliou-se ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, antigo desafeto do “Rei”, capitaneando a chamada “bancada da bola”, em Brasília.

Ataques

Os ataques pessoais fizeram com que Pelé anunciasse publicamente apoio à candidatura de Jorge Salgado à presidência do clube, às vésperas do pleito, em 1997.

A vitória da chapa Antônio Soares Calçada/Eurico Miranda e em seguida a conquista do título do Brasileiro implodiram de vez a relação entre Vasco e Pelé.

Relação ainda mais explosiva depois que Hélio Vianna, presidente da Pelé Sports, assinou contrato de parceria com o Flamengo, intermediando contrato de patrocínios milionário com a gigante ISL.

Polido, Pelé nunca expôs detalhes da mágoa que carregou durante anos, mas driblou as pálidas tentativas de reaproximação dos vascaínos com a maestria de sempre. Com um detalhe: sem nunca negar a ligação afetiva com o Vasco, sua primeira paixão, antes de ser adotado pelo Santos, aos 13 anos.

Vasco, aliás, que ele chegou a defender, aos 16, vestindo a cruz de malta num torneio amistoso disputado pelo combinado Vasco/Santos.

O marco dos 80 anos de Pelé, festejados em outubro, e o final da era Eurico Miranda facilitaram essa reaproximação histórica, viabilizada por Pepito — eterno parceiro do “Rei”.

A ideia inicial era recebê-lo em São Januário para homenagem em solenidade no Salão de Troféus. Em um primeiro momento, o estado de saúde de Pelé impossibilitou o encontro.

Depois, com as restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o acordo de paz acabou eternizado na concessão de título de sócio honorário, com direito à carta oficial e recortes retratando a história do “Rei” com seu clube do coração.

Ontem, no Guarujá, o “Rei” recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Sua majestade fez questão de postar a foto em suas redes sociais, pedindo a todos que sigam disciplinados na prevenção à doença. Amém, Pelé. Amém.
 

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