Seu comportamento e a segurança da plataforma Pix
Em funcionamento no Brasil, desde novembro de 2020, a plataforma de transações eletrônicas Pix já ultrapassou a marca de 1 bilhão de transações e movimentou, nesse período, mais de 800 bilhões de reais em transações financeiras no País.
A plataforma tem como grande atrativo a gratuidade do serviço e a segurança de suas operações, que fazem com que os usuários que já utilizam o serviço o aprovem com alto índice. Segundo uma pesquisa da Panorama Mobile Opinion Box, algo em torno de 95% dos usuários que já adotaram a plataforma, para a realização de suas transações financeiras, se manifestaram satisfeitos ou muito satisfeitos com a qualidade dos serviços.
Porém, devido à crescente onda de aplicação de golpes digitais, milhões de brasileiros ainda encaram com desconfiança a plataforma Pix. O receio de ter seu dinheiro desviado, por meio da plataforma, faz com que uma parcela significativa da população fique com o pé atrás e não ative o serviço em sua conta bancária.
Nem mesmo a possibilidade de realizar uma transação financeira gratuita, com a simplicidade de uma chave pré-cadastrada, podendo utilizar o número de telefone, CPF, endereço de e-mail ou até mesmo uma chave aleatória, gerada pelo próprio sistema, levaram os usuários mais receosos com os golpes a realizar o cadastro e adotar a plataforma.
Assim, ficam sujeitos às taxas cobradas pelas transações financeiras realizadas por meio de DOC ou TED, sem contar que esses serviços não funcionam 24 horas por dia, aos finais de semana ou feriados, como ocorre com o Pix.
A população, de um modo geral, precisa entender que a vulnerabilidade não está na plataforma Pix e sim no acesso a sua conta bancária. O que se deve buscar é tomar todos os cuidados, principalmente, com uso do smartphone e aplicativos de banco, para que os criminosos não tenham acesso a esses dispositivos e realizem as transações indevidas.
A segurança da plataforma é robusta, todavia, se o usuário entrega a chave de acesso a sua conta bancária, independentemente de ter feito ou não o cadastro na plataforma Pix, o desvio de dinheiro da conta será realizado da mesma forma. A vulnerabilidade não está na plataforma, mas no usuário que, de forma displicente ou por desinformação, facilita a ação do criminoso.
Os smartphones hoje são verdadeiros caixas eletrônicos, nos quais o usuário realiza praticamente todo tipo de operação bancária. Por isso, também, é preciso se preocupar com a segurança do dispositivo.
Procure manter um antivírus instalado no dispositivo, ative uma senha de acesso segura, não clique em links de mensagens ou e-mails e não forneça códigos recebidos via SMS, sem garantias de ser de origem idônea.
Com esses cuidados não existe motivo para deixar de utilizar as facilidades do Pix, ou qualquer outra aplicação de pagamentos online com credibilidade no mercado.