Nova varíola: risco de contágio não deve ser associado somente à sexo

Segundo o secretário de Estado da Saúde, associar o risco à relações sexuais não é adequado

Nathália Cerri Cantarela | 01/08/2022, 16:12 16:12 h | Atualizado em 01/08/2022, 16:13

Com o aumento dos casos da nova varíola (Monkeypox) em todo o país, a importância de identificar suspeitas e fazer o diagnóstico se torna também maior. A doença vem sendo motivo de alerta e o Espírito Santo já possui dois casos confirmados e outros quatro em investigação. 

Nesta segunda-feira (1º), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, alertou para o risco de associar o risco de contágio da doença à relações sexuais, principalmente no que se refere à relações de homens com outros homens. A questão se refere ao fato de a população chamada de HSH (homens que fazem sexo com outros homens) ter tido maior incidência da doença. 

Segundo o secretário, é preciso que a população fique alerta independente de idade e orientação sexual. “Por meio de um contato pele a pele e contato próximo podemos ter infecção. Muito além dos casos onde apresentou maior incidência no início do comportamento da doença na população HSH”, explicou.

A DOENÇA

A nova varíola, que pode provocar febre, dor e o aparecimento de lesões e feridas no corpo, além de outros sintomas, tem uma taxa de letalidade baixa na maioria das pessoas. Mas, segundo Nésio, não se pode menosprezar o vírus. “Não se trata de uma doença leve, as dores das lesões são significativas”, disse. 

Além disso, o risco maior ainda pode ser o descontrole da transmissão. Caso a população que desconfie da doença não realize o diagnóstico e afastamento necessários para diminuir os riscos de contaminar outras pessoas, o cenário no Estado pode começar a afetar mais os grupos de risco. Crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas podem sofrer com complicações e mais risco de óbitos pela nova varíola. 

A população que desconfiar da doença deve procurar por atendimento médico. Segundo Nésio, todas as amostras de suspeitas serão enviadas ao Laboratório Central do Estado e posteriormente encaminhadas para os laboratórios de referência do Ministério da Saúde para garantir a testagem. 

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