Cirurgias mais modernas contra câncer em homens

| 06/11/2020, 20:32 20:32 h | Atualizado em 06/11/2020, 20:40

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-11/372x236/cirurgias-mais-modernas-contra-cancer-em-homens-859b2dec308be99ecefd8fafc13a0451/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-11%2Fcirurgias-mais-modernas-contra-cancer-em-homens-859b2dec308be99ecefd8fafc13a0451.jpeg%3Fxid%3D149370&xid=149370 600w, O urologista Claudio Borges explicou que novas plataformas devem chegar para concorrer com o robô Da Vinci

O avanço tecnológico virou um grande aliado na luta contra o câncer de próstata, que é a segunda maior causa de morte no País entre homens, ficando atrás apenas do câncer de pulmão.

Essa Medicina cada vez mais avançada trouxe novas formas de diagnóstico e tratamentos, aumentando a possibilidade de cura e melhorando a qualidade de vida.

É o caso da cirurgia robótica feita pelo robô Da Vinci Xi, que chegou ao Espírito Santo este ano, mas já é responsável por 90% dos procedimentos cirúrgicos nos Estados Unidos. O processo é considerado uma revolução médica.

O robô possui quatro braços, sendo que um carrega uma câmera que exibe imagens 3D, em alta resolução. Os outros são guiados pelo cirurgião, que comanda o procedimento ao movimentar os dedos em um cursor do computador. O robô reproduz os gestos no corpo do paciente.

A maioria dos 51 procedimentos realizados com o robô no Hospital Santa Rita, em Vitória, são de próstata, totalizando 46 cirurgias.
“É a cirurgia que teve o maior benefício pelo robô. Isso porque a próstata fica numa localização difícil de ser acessada”, afirmou o urologista e cirurgião robótico do hospital, Sérgio Rigueti.

Ele destacou que, com os movimentos que o robô permite, o acesso é realizado de forma melhor, preservando os órgãos em volta e trazendo mais resultado.
Com o procedimento, que é mais rápido que o tradicional, a alta acontece em cerca de 24h e a quantidade de medicamento para o pós-operatório é reduzida. Isso permite uma recuperação mais rápida, segundo o urologista da Rede Meridional, Claudio Ferreira Borges.

“A perspectiva para o futuro é de que novas plataformas cheguem. Com isso, vai haver uma disputa no mercado, barateando a tecnologia e tornando-a mais acessível”.

Entre as tecnologias está o PET-CT PSMA, que une duas técnicas, tomografia por emissão de pósitrons e a computadorizada, fazendo uma varredura mais precisa no local onde se quer achar o câncer.

“Ele mostra onde estão as pequenas lesões cancerígenas, identifica o tamanho dos tumores, tendo mais assertividade na escolha do tratamento ideal, como cirurgia, radioterapia”, explicou oncologista do Núcleo Especializado em Oncologia (Neon), Wesley Vargas Moura.


SAIBA MAIS


O que é câncer de próstata?

  • A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino. Com o avançar da idade, a glândula aumenta de tamanho de forma benigna. O câncer se instala em qualquer área dessa glândula, causando dores, infecções, e outros sintomas.

Como é feito o diagnóstico?

  • A recomendação é que todo homem, acima de 50 anos, faça o exame de toque e os exames completos com o urologista. Se ele for negro ou tiver alguém na família com câncer de próstata, a recomendação é para 45 anos, pois o risco é maior.
  • O toque retal avalia o tamanho da glândula, se há nódulos, e se ela está mole ou granulosa e se causa dor.
  • Já o exame de sangue PSA mede os níveis do antígeno prostático específico, que é produzido pela próstata. A partir desses exames, se for detectada alterações na glândula, parte para outros exames.

Quais os tratamentos?

  • Desde cirurgia a radioterapia.

O que há de mais ​​​​​​​avançado?

Cirurgia robótica

  • Feita pelo robô Da Vinci Xi, que exibe imagens 3D, em alta resolução. Os braços do robô são guiados pelo cirurgião, ao movimentar os dedos em um cursor do computador.
  • A cirurgia é menos invasiva e mais rápida, assim como a recuperação.

PET-CT PSMA

  • Equipamento para detecção do carcinoma da próstata, com PSMA, analisa o grau de disseminação e dá o seguimento do tratamento para quem já tem diagnóstico.
  • engloba 2 técnicas de tomografia e faz uma varredura mais precisa

Fonte: Especialistas consultados.

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