Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Papo de Família

Papo de Família

Colunista

Cláudio Miranda

Quando filhos contam mentiras

| 17/07/2021, 07:27 07:27 h | Atualizado em 17/07/2021, 07:42

Imagem ilustrativa da imagem Quando  filhos contam mentiras
Cláudio Miranda |  Foto: A Tribuna

Seu filho já mentiu para você? Como você se sentiu? Qual foi a repercussão disso na relação familiar? Que medidas foram tomadas em relação a isso? O que faz uma criança mentir? Necessariamente elas não são um problema. Existem mentirinhas e “mentironas”.

As mentiras fazem parte da vida das crianças e dos adolescentes. A intensidade e a frequência em que são ditas é que vão dizer se alguma medida corretiva precisará ser tomada pelos pais.

Não existe uma idade determinada em que as crianças começam a contar mentiras porque elas não fazem parte do desenvolvimento humano como andar e falar por exemplo. Talvez, na adolescência mentir seja mais comum quando os filhos começam a viver com mais intensidade com os colegas e com a sociedade.

Pode-se dizer que algumas mentiras funcionam como um moderador de uma crise que o indivíduo vive. É um recurso para amenizar um problema maior diante de uma determinada situação. A mentira pode estar ligada a um objetivo ou um desejo que se quer alcançar.

As mentiras de um filho não os tornarão um adulto de mau caráter no futuro. É um adulto de mau caráter que usará as mentiras para lesar e enganar as pessoas. Há um risco de uma criança se tornar um mentiroso convicto quando ele cresce num ambiente em que seus pais e cuidadores usam desse recurso para “se dar bem na vida”.

Se as mentiras se tornarem muito frequentes no dia a dia de uma criança, os pais devem ficar atentos aos motivos que estariam levando um filho a mentir com frequência a ponto de desenvolver um quadro de mitomania no qual o indivíduo distorce a realidade de tal forma que pode causar prejuízo para si e para os outros. Quando muito frequentes, podem distorcer os fatos e comprometer a realidade e ferir pessoas.   
Quando os pais perceberem que as crianças estão mentindo regularmente, eles devem agir com naturalidade ficando atentos para os temas que seus filhos colocam nas mentiras que contam e os motivos que estariam levando-os a usar esse artifício.

A gravidade maior da mentira será quando ela causar dano material e emocional a alguém, prejudicando a imagem de uma pessoa. Esse será o momento dos pais agirem corrigindo o comportamento negativo dos filhos com mais severidade.

Explicar ao filho que não se pode mentir e também que não pode falar que não gostou de um presente é um trabalho a ser feito no dia a dia quando a criança vai incorporando os conceitos da família e da sociedade.

Nas normas do bem viver precisamos incorporar determinadas regras de diplomacia e de relacionamento humano que freie a nossa língua. Não dizer tudo o que pensa é algo para ser conquistado a cada momento.

À medida que vão crescendo, naturalmente, eles aprenderão que na vida de relação há verdades que matam e há mentiras que salvam vidas. O que dará a eles essa habilidade de diferenciar essa situação será a sua nobreza de caráter e sua capacidade de conhecer a alma humana conforme a educação que recebeu dos pais.

Cláudio Miranda é terapeuta individual e familiar, psicopedagogo clínico, pós-graduado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

SUGERIMOS PARA VOCÊ: