Psicóloga e designer deixam carreira para criar games
apixabas, a psicóloga Anna Paula Sampaio Barbosa, 28 anos, e a designer Renata da Silva Machado, 37, resolveram mudar de carreira. Ana deixou o trabalho de analista de Recursos Humanos e Renata largou as agências de publicidade para, juntas, criarem a própria empresa de games.
Hoje, elas já realizaram esse sonho. “Fazemos jogos mais voltados para treinamento corporativo. A gente faz tanto jogos de tabuleiros, com jogos analógicos e jogos digitais. Nosso trabalho é mais focado em empresas que precisam fazer alguma formação”, disse Anna.
A ideia surgiu de uma maneira bem simples. Anna trabalhava com analista de RH e ao se deparar com uma demanda para fazer um treinamento conversou com a amiga.
“Eu liguei para a Renata falando que era tudo muito chato e ela sugeriu fazer um jogo. A ideia nasceu dessa conversa informal, considerando que jogos engajam mais para o aprendizado”.
Elas destacaram que, na área, a atuação ainda é predominantemente masculina e que têm orgulho de estar conquistando espaço no mercado de trabalho.
O censo mais recente da Indústria Brasileira de Jogos Digitais apontou que o Espírito Santo possui quatro empresas na área.
A diretora executiva da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames) Eliana Russe destacou que, com a pandemia do coronavírus, já há relatos de empresas associadas à federação jogando online.
Ela destacou que os jogos são utilizados para educação, treinamento, simulação para evitar que seres humanos se exponham ao risco sem preparo, entretenimento, entre outras funções.
“Esse mercado tem uma grande vantagem, que é poder acompanhar o comportamento do usuário e se adaptar”.
Como exemplo ela cita aqueles que desistem de uma fase, após tentar passá-la várias vezes sem sucesso. “Aí entra o uso das métricas para retenção do usuário.”
De acordo com o professor do curso de sistemas de informação da UCL, Victor Bruno Alexander Rosetti de Quiroz, a faculdade sedia o maior evento de desenvolvimento de games do mundo, o Global Game Jam.
“Há uma comissão internacional que gera um tema e entrega para os participantes criarem jogos em 48 horas”, contou. O evento acontece na última semana de janeiro.
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