Programa de Michelle Bolsonaro repassou dinheiro a ONG que atuou contra o aborto de criança capixaba

| 02/10/2020, 12:26 12:26 h | Atualizado em 02/10/2020, 12:35

O programa da primeira-dama Michelle Bolsonaro, chamado de Pátria Voluntária, repassou R$ 14, 7 mil à ONG que agiu contra o aborto no caso da criança de 10 anos que engravidou ao ser estuprada no Norte do Espírito Santo. Segundo O Globo, os dados foram divulgados pela Casa Civil via Lei de Acesso a Informação.

Para O Globo, a presidente da ONG, Mariângela Consoli, disse que não procurou o governo para receber o dinheiro e que a organização teria sido indicada por uma pessoa que ela não sabe quem é.

Mariângela teria participado de reuniões com autoridades do Estado. “O posicionamento (da entidade) é contra (o aborto legalizado), sim, esse procedimento. Mas não temos nada contra quem faz. Não se falou sobre ela realizar ou não o aborto. Somos uma obra social. Ela estava em situação de vulnerabilidade social. Oferecemos suporte”, explicou ao jornal.

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Nas redes sociais, a ONG Associação Virgem de Guadalupe se identifica como “pró-vida”.

O programa foi criado pelo presidente Jair Bolsonaro, em 2019. Neste ano, por conta da pandemia do coronavírus, o governo criou o Arrecadação Voluntária, com o objetivo de arrecadar doações de pessoas físicas e jurídicas e repassar para entidades que atuam com a população vulnerável.

Ainda de acordo com o jornal, a Fundação Banco do Brasil (FBB) é responsável por fazer os repasses às entidades.

Entenda o caso

A criança passou pelo aborto legalizado em um hospital de Pernambuco em agosto. O tio, suspeito de cometer o estupro, foi preso em Minas Gerais e trazido para o Espírito Santo.

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