Procurador Geral da República pede suspensão de inquérito das fake news

| 27/05/2020, 15:42 15:42 h | Atualizado em 27/05/2020, 15:48

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-05/372x236/augusto-aras-99ce7624c18692cc8b1332f1eb551f11/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-05%2Faugusto-aras-99ce7624c18692cc8b1332f1eb551f11.jpeg%3Fxid%3D124069&xid=124069 600w, Augusto Aras, procurador geral da República

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão do inquérito da fake news. O pedido veio após apoiadores bolsonaristas terem celulares e computadores recolhidos em uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta, 27, no âmbito da investigação.

O inquérito sigiloso foi aberto para apurar ameaças, ofensas e fake news disparadas contra os integrantes do Supremo e seus familiares. Desde o início, a investigação sofreu forte oposição do Ministério Público Federal por ter sido iniciado de ofício (sem provocação de outro órgão) pelo ministro Dias Toffoli. O que é incomum, mas não inconstitucional.

Com a mudança do titular da Procuradoria-Geral da República (PGR), em setembro, foi alterada também a postura da instituição em relação ao inquérito. Aras disse que Toffoli, ao determinar a abertura da apuração, "exerceu regularmente as atribuições que lhe foram concedidas" pelo Regimento Interno do Supremo. Agora, o PGR mudou de ideia e pediu a suspensão do inquérito.

No documento enviado ao STF, Aras afirma que a Procuradoria-Geral da República foi "surpreendida" com a operação de hoje, realizada "sem a participação, supervisão ou anuência prévia do órgão". Na visão dele, isso "reforça a necessidade de se conferir segurança jurídica" ao inquérito, "com a preservação das prerrogativas institucionais do Ministério Público de garantias fundamentais, evitando-se diligências desnecessárias, que possam eventualmente trazer constrangimentos desproporcionais".
 

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