Bolsonaro vai fazer oração virtual com Malafaia e outros pastores

| 05/06/2020, 13:36 13:36 h | Atualizado em 05/06/2020, 13:43

O presidente Jair Bolsonaro anunciou quinta-feira (4) que vai participar de uma transmissão ao vivo com líderes evangélicos nesta sexta-feira (5), às 16 horas. Ele publicou um cartaz no seu perfil oficial no Facebook. Na imagem, está escrito que a live é “oração em favor das autoridades e do povo brasileiro”.

Entre os líderes evangélicos, participa da transmissão o pastor Silas Malafaia. Apoiador do Presidente, o líder religioso chegou a dizer em março que não fecharia as igrejas por conta das medidas de isolamento social em razão da pandemia do novo coronavírus.

O caso foi parar na Justiça e o pastor recomendou, então, a suspensão dos cultos na Assembleia de Deus Vitória em Cristo. No final de março, o Presidente decretou as atividades religiosas como essenciais e elas puderam retomar cultos, mas com restrições.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-06/372x236/presidente-jair-bolsonaro-e-o-pastor-silas-malafaia-bf1f8ca765f5150885ad846f2d04c812/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-06%2Fpresidente-jair-bolsonaro-e-o-pastor-silas-malafaia-bf1f8ca765f5150885ad846f2d04c812.png%3Fxid%3D125633&xid=125633 600w, Presidente Jair Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia
Bolsonaro pediu ainda a apoiadores para ficarem em casa no domingo e não irem a ato convocado por manifestantes pró-democracia e, assim, evitar confronto. Na transmissão, chamou manifestantes e críticos ao seu governo de “terroristas”, “viciados”, “bando de marginais” e “marginais de preto”.

“Então, está prevista uma manifestação com esses 'marginais de preto' neste domingo. Eu nunca convoquei atos, mas, agora, neste domingo, eu peço ao nosso pessoal, o pessoal de verde e amarelo e que tem Deus no coração, para não participar. Não compareçam. Fiquem em casa”, disse. E emendou: “Essas pessoas não têm nada a oferecer. Muitos são viciados. Eles querem confronto, querem fazer baderna, são bando de marginais.”

O Presidente afirmou ainda que os manifestantes adotam táticas conhecidas como “black blocks” e são, na verdade, terroristas. “Não conseguimos tipificar como 'terroristas' porque — e isso veio da época do governo Dilma — colocaram uma vírgula dizendo 'exceto grupos sociais'. Lamentamos.”

No domingo, um ato foi organizado por coletivos ligados a torcidas de futebol e era autointitulado pró-democracia e antifascista, na Avenida Paulista. A poucos metros, havia um grupo pró-Bolsonaro, que realizava um ato no local.

Houve confronto entre os dois grupos e a Polícia Militar interveio com bombas de gás. Ao menos seis pessoas foram detidas pela PM. Destes, cinco foram acusados de se envolver em uma briga com um apoiador do Presidente, que teria provocado o grupo.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: