Arnaldinho Borgo estuda a realização de concursos para todas as áreas
O gestor destacou os investimentos para o próximo mandato e reafirmou que não deixará cargo para se candidatar ao governo
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O prefeito reeleito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), disse que a realização de concursos públicos para contratar novos servidores é estudada para todas as áreas da prefeitura para os próximos 4 anos.
Além disso, ele destacou os principais investimentos para o início do próximo mandato e reafirmou que não irá deixar o cargo em 2026 para se candidatar a governador. Esses foram alguns dos pontos abordados com o prefeito reeleito em entrevista à reportagem.
A Tribuna - O senhor foi reeleito com quase 80% dos votos em Vila Velha, contra um candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que em 2022 recebeu 60% dos votos na cidade, na disputa para Presidente da República. Como avalia essa decisão da população?
Arnaldinho Borgo - É reflexo do nosso trabalho. Sinceramente, acredito que essa polarização entre esquerda radical e direita radical não contribui para o crescimento das cidades. E as pessoas, não só aqui como em outros municípios, mostraram neste ano que estão mais preocupadas é com os problemas locais.
A minha percepção é de que o meu trabalho e o trabalho da minha equipe foram bem avaliados pela população. Já executamos 95% do nosso plano de governo. Pavimentamos e drenamos mais de 100 ruas, construímos 10 novas unidades básicas de saúde, 16 novas creches... As pessoas observam essa mudança, essa melhora de vida.
Também observam que eu não brigo com governador, como prefeitos anteriores fizeram, o que prejudicava o desenvolvimento da cidade.
Sinto que a população entende que, quando um político se torna prefeito, ele precisa ter equilíbrio político para pensar no bem da cidade, acima de qualquer questão política.
Nos tornamos a cidade mais transparente do Estado e do País, o que criou uma segurança jurídica para atrair investidores para a cidade.
Qual será o foco para o primeiro ano do seu segundo mandato?
Antes do segundo mandato, tenho de finalizar o primeiro. E neste momento estamos acelerando para entregar todas as obras em andamento: 62 estão acontecendo em Vila Velha, outras 21 estão finalizando a licitação e outras 16 vão iniciar licitação. Eu não posso esperar o ano que vem, porque será uma nova gestão, no sentido de fazer coisas maiores.
Por exemplo?
Na questão da mobilidade, estamos planejando apresentar projeto para fazer novas vias, para diminuir o gargalo do trânsito da cidade. Temos problemas crônicos neste sentido, que precisamos resolver. Também vamos construir a segunda ponte do Rio Jucu.
Também estamos organizando a interligação do calçadão, com o objetivo de você sair do (Clube) Libanês e chegar até Ponta da Fruta. São obras que fogem do básico.
E na Saúde e na Educação, qual será o foco?
Prioridades para o segundo mandato serão ampliar as unidades básicas que forem pequenas e não atendem, de forma adequada, as comunidades, e construir novas unidades conforme o planejamento técnico da nossa secretaria.
Lembrando que já entregamos seis novas unidades básicas de saúde e, até o fim do ano, pretendemos inaugurar mais quatro. Na educação, a meta é aumentar o número de escolas e ampliar as vagas em tempo integral.
Há previsão de realização de concurso público na área da segurança pública?
Fizemos, vamos chamar quem está no cadastro de reserva e, futuramente, vamos fazer outro concurso para a Guarda Municipal. Mas não se limita a essa área: existe previsão de concursos em todas as áreas do município.
Já iniciamos um estudo. Eu solicitei aos secretários de todas as pastas um relatório sobre as necessidades de cada secretaria, para conseguirmos ter sempre o número de servidores adequado para atender a população.
Teremos concursos para professores, para auditores... Enfim, todas as áreas. Só não dá para estimar ainda quantas vagas serão, porque estou aguardando o retorno dos secretários.
Historicamente, Vila Velha sempre lidou com problemas de alagamentos causados pelas chuvas fortes. Isso foi um dos pontos abordados pelo senhor durante o primeiro mandato. Mas como estão as obras para resolver essa questão, e como será no segundo mandato?
A gente tem de estar sempre preparado para lidar com as mudanças climáticas. Com uma parceria com o governo estadual, fizemos um investimento de mais de R$ 1 bilhão neste sentido. Já inauguramos seis novas estações de bombeamento, que evitam que a cidade fique alagada, e estamos construindo outras três.
Além disso, três estações que não estavam funcionando serão modernizadas para se comunicarem com essas nove que fizemos. Tudo será operado de forma remota, inclusive.
O resultado das obras do primeiro mandato já é visto hoje, com a chuva tendo um impacto bem menor do que em outros tempos. A Grande Cobilândia, por exemplo, se não tivesse tido essas obras, estaria alagada até hoje, com as chuvas que tivemos nesta semana.
Faltam 30% de obras de macrodrenagem para serem feitas e alguns canais em obras. Ainda temos alguns gargalos, claro, mas quando tudo for finalizado, será um grande legado da gestão para a cidade.
A Câmara de Vereadores foi renovada, e seis dos 21 parlamentares serão do seu partido. Nos bastidores, fala-se que um destes seis deve ser escolhido o novo presidente da Câmara. O senhor vai participar deste processo de escolha?
Eu fui vereador por dois mandatos e respeito muito o Legislativo. Não vou me meter nesta eleição. Os vereadores vão se resolver entre eles. Os nomes que se colocam como candidatos, neste momento, são nomes que eu não tenho qualquer dificuldade, até porque me relaciono bem com todos eles.
Torço para que escolham bem, e o presidente que for escolhido, no que depender de mim, terá uma boa relação comigo, em busca do melhor para a cidade.
O senhor já disse, mais de uma vez, que não irá deixar o cargo de prefeito, em 2026, para disputar o posto de governador. Sendo assim, quem o senhor considera ideal para ser o novo governador ao fim do mandato de Renato Casagrande?
Eu fico feliz de terem lembrado do meu nome e da eleição deste ano até ter me colocado em condição de ser candidato, porque Vila Velha me reelegeu com a maior votação de números absolutos no Estado. Foram 193 mil votos, numa eleição que não foi nada fácil.
Mas sobre a minha escolha: eu ainda não tenho um nome definido. Faço parte de um grupo, e o que posso dizer é que vou participar das eleições de 2026 ajudando no projeto de manter o Estado como protagonista do País.
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