Suplente nega acusação de ser o mandante de sequestro de vereador no Estado

| 05/03/2021, 17:57 17:57 h | Atualizado em 05/03/2021, 17:58

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-03/372x236/josue-jose-celirio-6159939cf2007d0c27eb6e88f109aeba/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-03%2Fjosue-jose-celirio-6159939cf2007d0c27eb6e88f109aeba.jpeg%3Fxid%3D164982&xid=164982 600w, Josué José Celírio é considerado foragido. Buscas já foram realizadas

Principal suspeito de ser o mandante do sequestro e ameaça contra o vereador de Brejetuba, Antônio da Saúde (Cidadania), o suplente do mesmo partido, Josué José Celírio, negou envolvimento com o crime e alegou sofrer perseguição política. 

Ele é investigado por, supostamente, mandar sequestrar e ameaçar o vereador Antônio da Saúde, para que ele renunciasse ao cargo. Na quarta-feira (3), a justiça determinou a prisão preventiva de Josué José e, segundo a Secretaria de Estado da Justiça, ele é considerado foragido.

À imprensa, o delegado responsável pelo caso, Cláudio Rodrigues Araújo, afirmou, na quarta-feira (3), que: “Em princípio, quatro pessoas têm envolvimento no crime, uma não está identificada ainda e a terceira pessoa que foi identificada como mandante é realmente o suplente”.

Já com o mandado de prisão preventiva em aberto, o político afirmou ao Tribuna Online, por meio de seu advogado Patrick Leonardo Carvalho dos Santos, que é inocente de todas as acusações e que logo vai se apresentar às autoridades policiais para prestar esclarecimentos.

De acordo com Patrick Leonardo, o único indício concreto de que houve a participação de Josué no crime é a versão da vítima, Antônio da Saúde.

"A orientação da defesa de Josué está sendo realizada com o intuito de colaborar com a justiça, mas fatos novos serão apresentados durante a investigação defensiva, demonstrando que a prisão preventiva está sendo totalmente desproporcional", afirmou o advogado de defesa. 

O caso

No dia 17 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, o vereador Antônio da Saúde teria recebido uma carona de um homem de 42 anos - preso no dia 25 de fevereiro.

Junto a um outro suspeito, da cidade de Mutum (MG), que entrou posteriormente no veículo, o homem teria apontado arma de fogo para a cabeça de Antônio e mostrado foto do filho do vereador, a quem teriam ameaçado matar, caso o parlamentar não renunciasse ao mandato.

“Pararam o carro e com a arma apontada para minha cabeça foram logo afirmando que eu tinha feito um acordo com o Josué e que eu o tinha traído e, por isso, eu tinha que assinar alguns documentos”, disse Antônio em depoimento à Polícia Civil.

O vereador conta que foi levado no carro de Brejetuba a Viana, onde foi obrigado a assinar durante o trajeto a sua renúncia. Um quarto suspeito seria um motociclista que teria ido buscar os papéis e levado para protocolar a renúncia na câmara.

Veículo

O primeiro detido no caso, no dia 25, já tinha mandado de prisão em aberto por outro crime. O veículo utilizado no sequestro foi localizado e apreendido, na ocasião, com o apoio da Polícia Militar, em uma oficina mecânica, na localidade de Córrego Grande, na zona rural de Brejetuba. 

De acordo com o advogado Patrick Leonardo, que também representa o suspeito de 42 anos, um dia após a prisão dele, no dia 26 de fevereiro, ele acabou confessando a suposta prática criminosa de forma indevida, pois estava sem o acompanhamento ou orientação de seu advogado.

"Segundo informações do meu cliente, ele decidiu confessar o crime depois do contato que obteve com alguns familiares na Delegacia de Viana-ES, pois estava aguardando a sua condução para o Centro de Triagem de Viana-ES", contou Patrick Leonardo.

Ainda segundo a defesa, o homem de 42 anos não deseja sustentar a versão a qual confessou o suposto crime.

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