Sobe para 25 o número de mortos em operação policial no Rio
O número de pessoas mortas em uma operação policial na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, já é de 25. Além das mortes, a ação também provocou um intenso tiroteio no início da manhã desta quinta-feira (6), deixando dois policiais e dois passageiros do metrô feridos.
De acordo com o G1, a polícia confirmou a morte do policial civil André Farias, que foi baleado na cabeça e chegou a ser socorrido, mas não sobreviveu. A corporação afirmou ainda que 24 suspeitos foram mortos, mas não divulgou detalhes sobre quem são as vítimas e a situação em que foram atingidas.
A incursão da Polícia Civil ocorreu para apurar o suposto aliciamento de menores e o sequestro de trens da SuperVia pela maior facção do tráfico no Estado, o Comando Vermelho.
Batizada de Operação Exceptis, a empreitada começou logo cedo, pouco depois das 6h, quando moradores já relatavam a presença de helicópteros sobrevoando a região e de intensa troca de tiros. Além dos mortos, houve feridos - inclusive dentro da estação de metrô de Triagem, da linha 2.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram a janela de uma das composições do modal, que naquele trecho circula na superfície, com uma marca de tiro. O Metrô Rio informou que uma pessoa foi ferida por estilhaços de vidro; a outra, de raspão no braço.
Por causa do tiroteio, trens da SuperVia que passam pela região tiveram a circulação momentaneamente suspensa. O metrô também chegou a interromper o tráfego entre duas estações, mas o serviço já foi normalizado.
Segundo a Polícia Civil, traficantes estão aliciando crianças e adolescentes para integrar a facção. Os criminosos, diz a corporação, exploram tráfico de drogas, roubo de cargas e de pessoas, além de homicídios e sequestros de trens da SuperVia, prática que ocorreu em dois momentos recentes, em dezembro de 2020 e no mês passado.
A ação é coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com apoio de outras unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).