Servidor federal é preso por traficar em bairros nobres
No total, foram 360 horas de trabalho dos policiais de todas as Delegacias Especializadas de Narcóticos (Denarcs) do Estado, desde o final de setembro. O objetivo da operação era desarticular as organizações criminosas do tráfico, desestabilizando o seu setor financeiro.
O servidor público trabalhava na área administrativa de um órgão federal, que a Polícia Civil preferiu não divulgar. “As investigações apontaram que há três meses um grupo vinha repassando grande quantidade de drogas pela área nobre de Vitória”, explicou o delegado Alexandre Falcão, que também não informou os bairros.
A quadrilha traficava principalmente drogas sintéticas, que são mais caras, como o ecstasy e LSD. Eles vendiam os produtos pelo WhatsApp, divulgando a tabela de preços, e distribuíam em festas e para consumidores que procuravam o grupo, através de indicação.
No apartamento do traficante, em Vitória, a polícia encontrou muitas drogas. “Maconha, haxixe, crack, cocaína e uma grande quantidade de LSD e ecstasy”, afirmou Falcão. Além do servidor, a polícia também foi atrás de um parceiro dele, mas o suspeito não estava em casa. No local, também foram apreendidas drogas.
Já em Vila Velha, mais de mil comprimidos de ecstasy foram apreendidos na casa de um traficante que fornecia a droga para a região. Ele importava o produto da Europa, que chegava em São Paulo e depois era trazido para o Estado.
Dois traficantes com ligação ao Complexo da Penha, em Vitória, também foram presos no interior. Um deles já estava atuando em Venda Nova do Imigrante e outro em Cachoeiro de Itapemirim. Ele estava tentando estabelecer o tráfico em uma zona rural.
“Nas 49 prisões, tivemos desde aquele rapaz com pouca instrução, que viu no tráfico uma forma de manter o sustento, até aquela pessoa que tem conhecimento e faz uma opção pelo crime”, resumiu o delegado-geral José Darcy Arruda.