Psicóloga encontrada morta simulou assassinato, conclui polícia

Inquérito que investigava o caso foi encerrado e arquivado

Redação Tribuna Online, com informações do G1 Sul | 16/02/2022, 18:28 18:28 h | Atualizado em 16/02/2022, 18:41

A Polícia Civil concluiu que a psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, 37 anos, encontrada morta pelo marido amarrada dentro do porta-malas de um carro em agosto do ano passado em Pouso Alegre tirou a própria vida. De acordo com as investigações, Matilda tentou simular um homicídio. 

A perícia não identificou sinais de violência no corpo da psicóloga, bem como a casa da então possível vítima não apresentava sinais de arrombamento nem faltava nenhum objeto. A chave do carro, na qual Matilda foi encontrada com as mãos de forma frouxa e simples, estava junto ao corpo. 

Segundo a polícia, em janeiro do mesmo ano, a vítima já havia tentado suicídio, de acordo com registros médicos, mas foi encontrada a tempo pelo marido.

"Todos esses contextos permitiram concluir que ela praticou suicídio, montou esse cenário e algumas fantasias para demonstrar que seria um crime, porque ela não tinha essa coragem de praticar o suicídio perante pacientes e à sociedade, então ela queria ocultar e demonstrar que faleceu por homicídio, mas de maneira alguma tentou incriminar o próprio marido", disse o delegado Rodrigo Bartoli em coletiva.

De acordo com a polícia, a mulher buscou despistar o marido e amigos com informações, como um passeio de bicicleta que faria e que estava na rua e havia sido assediada por estranhos. No entanto, o levantamento realizado durante a investigação confirmou que ela não havia saído do caso. Os registros de chegada e localização do marido foram confirmados por câmeras de segurança do bairro, radar da rodovia e pela localização do celular.

Na investigação foram analisados os cadernos, anotações e agendas de Marilda encontradas na casa, o que pode apontar para predisposição para o suicídio e claros sinais de depressão. Por fim, o laudo de necropsia comprovou ausência de lesão ou sinais de agressão, até mesmo de perfuração de agulha, e os laudos complementares encontraram 14,6 dg/l de álcool e um medicamento sedativo.

A polícia identificou como causa da morte da psicóloga asfixia e intoxicação, após ela ter se trancado no porta-malas do veículo. Diante disso o inquérito que investigava o caso foi encerrado e arquivado junto à Justiça. 

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