"Pai, eu te amo. Volta para mim, por favor", diz filha de motorista de aplicativo morto a facadas

| 18/02/2020, 11:13 11:13 h | Atualizado em 19/02/2020, 08:19

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-02/372x236/elizandra-com-o-pai-cassio-caliman-ce9828df91f59dfb1be22070b989cb47/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-02%2Felizandra-com-o-pai-cassio-caliman-ce9828df91f59dfb1be22070b989cb47.jpg%3Fxid%3D109199&xid=109199 600w, Elizandra com o pai Cassio Caliman.
Muito abalada, a filha do motorista de aplicativo Cassio Caliman, esteve no Departamento Médico Legal de Vitória na manhã desta terça-feira (18). O idoso, de 64 anos, morreu na noite de ontem após ser esfaqueado por bandidos
durante a tarde na Barra do Jucu, em Vila Velha.

Emocionada, a técnica de enfermagem contou como soube do que tinha acontecido com o pai. “Eu fiquei sabendo que esfaquearam ele na Barra do Jucu. Tiraram ele do carro, esfaquearam e tentaram enforcar ele com o carregador. Na ambulância, ele já agravou. Demoraram mais de uma hora para resgatar meu pai. Eu acho isso um absurdo. Eu trabalho na área da saúde e isso é uma falta de respeito com qualquer ser humano”, disse Elizandra Caliman.

A filha contou que Cassio estava trabalhando como motorista de aplicativo há seis meses. “Ele tinha o costume de trabalhar o dia inteiro. Saía às 7 da manhã e voltava às 7 da noite”, disse.

Chorando muito, ela falou sobre o pai e pediu por justiça. “Ele era maravilhoso, tinha um coração do tamanho do mundo. Nunca teve discriminação, nunca xingou ninguém. Meu pai era muito inocente, ele não merecia isso. Eu quero justiça. Meu pai era tudo para mim e para minha mãe. Quem fez isso com ele tem que pagar porque não é justo. Pai, eu te amo. Volta para mim, por favor”.

Outro lado

A coordenação do Samu 192 informou em nota que lamenta o falecimento do motorista e esclarece que a central de atendimento recebeu o chamado às 17h44, e como não havia unidades disponíveis na região, foi solicitado apoio da Polícia Militar. A unidade mais próxima foi empenhada às 17h50 e chegou ao local do atendimento às 18h32. Esclarece ainda que até a chegada da equipe o médico regulador prestou orientações ao solicitante. Ao chegar no local, a equipe médica prestou todo atendimento possível e o encaminhou para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE).

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