Mulher planejou a morte de agricultor com a ajuda do amante, diz MP
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) denunciou a mulher do agricultor Alexandro Fim, 34 anos, morto no dia 24 de julho, em Castelo, no Sul do estado, e o suposto amante dela por homicídio triplamente qualificado e fraude processual.
Na avaliação do Ministério Público, a dona de casa Thayla Bonicenha Crivellari, 22 anos, planejou a morte do marido com a ajuda do amante, o lavrador Françoa de Souza Calambianqui, de 25.
Alexandro foi morto dentro de sua casa, na comunidade de Monte Alverne. Inicialmente, o crime estava sendo tratado como latrocínio, já que a mulher alegou, na ocasião, que dois bandidos teriam entrado na residência e rendido o casal.
Mas, após as investigações, a polícia concluiu que foi um crime premeditado. Thayla e Françoa foram detidos na noite do dia 27. Ela continua presa no Centro Prisional e ele no Centro de Detenção Provisória (CDP), ambos em Cachoeiro de Itapemirim.
Na avaliação do Ministério Público, os dois mataram Alexandro para assegurar a continuidade do relacionamento extraconjugal entre eles e para que pudessem se apropriar do patrimônio da vítima.
Segundo as investigações policiais, foi Thayla quem abriu a porta para que Françoa entrasse e ficasse escondido. Ela e Alexandro estavam no quarto, quando o marido resolveu ir à cozinha beber água.
De acordo com o Ministério Público, o casal estava na cozinha, quando o outro acusado se aproximou por trás. A esposa teria abraçado o marido e segurado seus braços, para distrair atenção dele. “Nesse momento, o acusado agarrou a vítima pelas costas e a asfixiou até a morte”, afirmou o Ministério Público.
Ainda, segundo o Ministério Público, após o homicídio os dois esconderam objetos no forro de gesso da casa para simular um crime de latrocínio. Em seguida, o homem trancou a mulher e a filha de 2 anos no quarto e saiu no carro da família, abandonando-o a alguns quilômetros do local.
Por volta das 2 horas, complementou o Ministério Público, a mulher ligou para os pais informando a versão fantasiosa de latrocínio.
Outro fator que chamou a atenção do Ministério Público é que o marido estaria sob o efeito de remédios controlados, o que dificultou ainda mais qualquer resistência da vítima.
Na avaliação do MPES, o crime foi praticado por motivos torpes, egoísticos e abjetos. O órgão recomenda que os dois sejam levados para julgamento perante o Tribunal do Juri e condenados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e fraude processual.