Menina ferida em parque de diversões ainda não sabe da morte da mãe
Dez dias após a morte da mãe em um parque de diversões em Itaipava, Itapemirim, a estudante Maria Alice Poubel, de 8 anos, continua internada, mas voltou a conversar nesta segunda-feira (11) e o que mais tem falado é que quer ver a mãe, a professora Miriam de Oliveira, 38.
O tio da menina, Vinícius Almeida, contou que o irmão, Douglas Poubel, pai de Maria Alice, está atordoado porque não sabe como vai contar para a filha que Miriam morreu.
"Graças a Deus Alice está se recuperando. Ela tirou a sedação e está conversando bastante. A nossa preocupação agora é porque ela está querendo a mãe e não sabemos o que fazer. Ela já até chorou hoje (segunda-feira) pedindo para ver a mãe e para ir para casa", contou.
Vinícius relatou que a sobrinha continua na UTI do Hospital Francisco de Assis, em Cachoeiro de Itapemirim, e a orientação passada à família é que procure ajuda de um psicólogo para auxiliar em como a notícia deve ser passada à criança.
"Meu irmão confessou que está perdido, que não sabe como vai contar para a filha que a mãe morreu. Uma psicóloga amiga está nos orientando e já falou que é melhor esperar um pouco, aguardar Maria Alice sair da UTI. Foi até uma orientação dos médicos também, para que minha sobrinha não se altere emocionalmente. É uma situação muito difícil", disse o tio.
Douglas está passando o dia no hospital. Os médicos, depois que a estudante tirou o tubo de sedação, autorizaram que ele fique com a filha na UTI. "Ela passa boa parte do tempo dormindo, mas quando acorda quer conversar muito. Meu irmão está passando o dia ao lado dela e no final de semana vamos para Cachoeiro também", relatou.
O caso
A família mora em Viana, mas estava passeando em Itapemirim no dia da tragédia, dia 1º de fevereiro. Miriam estava com a filha e o marido no parque de diversões Center Toys e as duas foram para um brinquedo conhecido como "Surf", que faz um giro de 360 graus.
A professora teria caído primeiro, quando o brinquedo começou a girar muito rápido. Ela fraturou o crânio e as pernas, morrendo no local. A criança foi arremessada e sofreu traumatismo craniano.
À Polícia Civil, Douglas contou que, ao ver que o brinquedo estava girando em alta velocidade, pediu ao operador que desligasse a máquina, o que não aconteceu.
O dono do parque, Norimarcos Márcio Matias, 50, e o operador, Alessandro Rodrigues dos Santos, 23, foram autuados por homicídio culposo e lesão corporal culposa (sem intenção de matar). Chegaram a ser levados presos, mas foram liberados.
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