Jovem morre pisoteado após tiroteio em Baile do Mandela com 400 pessoas em Vitória

| 13/03/2021, 16:39 16:39 h | Atualizado em 13/03/2021, 16:52

Um jovem morreu pisoteado durante uma festa clandestina, conhecida como Baile do Mandela, na madrugada deste sábado (13), no Morro da Garrafa, em Vitória.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-03/372x236/morro-da-garrafa-af9945ffbe71618271aa672145c32cc6/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-03%2Fmorro-da-garrafa-af9945ffbe71618271aa672145c32cc6.jpeg%3Fxid%3D165880&xid=165880 600w, Morro da Garrafa
No local, havia cerca de 400 pessoas e houve um confronto entre policiais e bandidos, o que gerou um tumulto. A vítima, que ainda não foi identificada, ao tentar fugir dos tiros, teve um trauma no pescoço e morreu pisoteado, de acordo com as primeiras informações da polícia.

A confusão teve início por volta de 1 hora, após três viaturas da Força Tática do 1ª Batalhão terem sido acionadas para irem até o morro para conter a festa. A equipe, que é especializada em atendimento de ocorrências em eventos clandestinos, foi até o local devido a denúncias de aglomerações, barulho e confusões.

Logo na entrada do morro, cerca de 12 militares foram impedidos de passar, devido às barricadas colocadas pelos bandidos. Eles usaram pneus, sofás, fogões e até geladeiras para impedir o acesso dos policiais, que após retirada dos entulhos, conseguiram acessar o local da festa

Ao chegarem em uma quadra esportiva, onde era realizado o evento, os militares foram recebidos a tiros e tiveram objetos como pedras, garrafas, madeiras e pedaços de cano arremessados contra eles. Os militares revidaram com disparos de bala de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo e uma confusão se instalou no local

Durante o tumulto, várias pessoas correram para fugir dos disparos letais e dos tiros de borracha. Um jovem, que segundo militares, teria aparência de 16 anos, caiu e foi pisoteado pelas pessoas que tentavam sair do local. Ele chegou a ser socorrido para o Pronto Atendimento (PA) da Praia do Suá, mas morreu ao chegar no local.

Segundo a Polícia Militar, três mulheres também deram entrada no PA,sendo duas feridas com disparos de bala de borracha na região da perna e uma outra, que chegou no local desacordada, estaria com afundamento de crânio.

O corpo do jovem foi levado para o Departamento Médico Legal (DML), de Vitória, onde serão feitos exames para comprovar a real causa da morte. As primeiras informações dão conta de que ele não foi atingido por algum disparo. O jovem, que até o final desta edição, não havia sido identificado, apresenta duas tatuagens nos dois antebraços. Uma delas com o nome de Juliana.

O comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar , Tenente-Coronel Marcelo Tavares informou que o local onde aconteceu o fato recebe patrulhamento frequentemente. Ele falou sobre a chegada de militares em festas clandestinas no momento em que os eventos já estão ocorrendo- o que não é orientado pela própria PM-

“ Essa equipe que foi até o local, é uma equipe especializada, que sabe agir no momento necessário. Só há uma reação da polícia, quando há reação daqueles que estão participando. Quando há ordem de dispersão é obedecida, não há uso da força. O uso da força se dá quando há retaliação”,disse.

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