Chefe do tráfico em Vila Velha foi preso no Rio ao fazer teste de Covid

| 11/06/2021, 12:33 12:33 h | Atualizado em 11/06/2021, 12:50

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-06/372x236/acusado-de-chefiar-o-trafico-preso-no-rio-de-janeiro-464e9253c47fe66264ac12084844edf5/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-06%2Facusado-de-chefiar-o-trafico-preso-no-rio-de-janeiro-464e9253c47fe66264ac12084844edf5.jpeg%3Fxid%3D176552&xid=176552 600w, Luan Resende Buarque
O homem apontado como o chefe do tráfico de Vila Velha, investigado por 10 homicídios, foi capturado na Zona Norte do Rio de Janeiro, enquanto aguardava para ser atendido num hospital do Méier. O mandado de prisão foi por ele ser acusado de ordenar o assassinato de um menino de apenas 12 anos, executado com mais de 10 tiros em fevereiro de 2019.

A prisão aconteceu na quarta-feira (9). Na mira da polícia do Estado, Luan Resende Buarque, 31 anos, tinha fugido esta semana para o Complexo de Favelas da Maré, no Rio. Com suspeita de Covid-19, ele decidiu se consultar em um hospital, na tarde de quarta.

“Recebemos essa informação e entramos em contato com a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) lá do Rio. Eles deslocaram várias viaturas para possíveis hospitais que ele iria, e conseguiram fazer a prisão”, revelou o delegado Tarik Halabi Souki, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.

Luan foi preso em cumprimento de um mandado de prisão temporária e será transferido para o Espírito Santo.

Ele é acusado de chefiar os traficantes de Jaburuna, Ibes, Boa Vista e de parte de Itapuã. Dentre os crimes que ele supostamente ordenava, estão as mortes de crianças e pessoas com deficiência. É o caso da execução de Luiz Fernando Albino Nascimento, de 12 anos.

O crime começou quando o menino foi recrutado para traficar na pracinha do Ibes. No dia 15 de fevereiro, ele ficou de plantão na boca de fumo e vendeu R$ 6 mil em drogas. “No dia 16, o garoto tinha que fazer o ‘acerto’ desse valor com o gerente do tráfico, mas ele falou que tinha sido assaltado por criminosos de Dom João Batista”, explicou Tarik.

A desculpa não convenceu os criminosos, que ficaram de olho no adolescente. No dia seguinte, ele comprou uma moto e apareceu rodando pelo bairro. Um dia depois, ele foi executado na Glória, em Vila Velha, a mando de Luan.

Dois atiradores participaram do crime. Um deles morreu. Na última quinta-feira, a polícia cumpriu o mandado de prisão temporária do segundo envolvido, um jovem de 25 anos, que já estava no presídio por tráfico.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: