Cela é incendiada após detendo atear fogo em colchão em Guarapari

| 19/04/2021, 12:22 12:22 h | Atualizado em 19/04/2021, 12:34

Os advogados que foram ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarapari na manhã de domingo (18) foram surpreendidos com uma verdadeira correria dentro e fora da penitenciária. 

A confusão começou após um detento supostamente ter ateado fogo em um colchão dentro da cela. Ele foi encaminhado à autoridade policial na tarde de domingo, e segundo a Secretaria de Justiça (Sejus), vai responder por procedimento administrativo disciplinar.

Do estacionamento, familiares e advogados viram quando uma ambulância saiu de dentro do CDP com algum interno que precisava de atendimento médico. Um advogado ouviu quando um agente pediu apoio ao Corpo de Bombeiros e ao Samu.

“Estou aqui presente no CDPG, vim visitar uns clientes porque tenho audiência na segunda-feira (19) e me deparei com uma cena estranha. Estou sendo impedido de entrar, mas até entendo o porquê. Os agentes estão desesperados, correndo, e já retiraram ambulâncias, carros, e estão pedindo apoio ao Corpo de Bombeiros e ao Samu. O cheiro é forte e parece ser gás ou algo que queimou, mas não tem nenhuma fumaça”, informou um advogado.

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Os familiares declaram que ouviram tiros de bala de borracha e o clamor dos internos. “Eles gritavam o tempo todo pedindo ajuda. Ouvimos os tiros de bala de borracha, mas os agentes desmentiram. Quando o reforço chegou, na parte da tarde, quase passaram por cima da gente”, disse a irmã de um detento.

Os agentes informaram aos advogados que uma cela teria sido incendiada, mas o fogo foi controlado pelos próprios agentes e, por esse motivo, cancelaram o acionamento dos bombeiros.

A entrada dos advogados não foi autorizada durante a tarde. Segundos os familiares, nove internos ficaram feridos e foram atendidos na enfermaria da unidade, mas a informação não foi confirmada pela Sejus.

Por nota, a Secretaria da Justiça esclareceu que o fogo foi rapidamente controlado por inspetores penitenciários, e não ocasionou vítimas e grandes danos, pois no momento do fato, internos estavam em horário de banho, que ocorre na galeria, do lado externo da cela.

A entrada de advogados foi liberada, segundo a Sejus, após o encerramento da ocorrência, registrada no domingo. A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Espírito Santo (OAB-ES) acompanhou todo o procedimento realizado na unidade prisional.

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