CAC preso no ES armazenava armas do exército americano e até de Israel
Durante a operação, foram apreendidas 24 armas e 9 mil munições. Material foi avaliado em R$ 900 mil
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A operação que resultou na prisão em flagrante de um colecionador de armas e atirador desportivo de 44 anos se tornou uma das maiores apreensões de armamento do Espírito Santo. No total, foram apreendidas 24 armas irregulares e 9 mil munições — material avaliado em cerca de R$ 900 mil.
Entre as armas apreendidas estão um fuzil AR-15 calibre 5.56 com a numeração raspada e duas pistolas: uma do exército americano e outra vinda de Israel. As armas, que ainda não são comercializadas no Brasil, faziam parte do arsenal do colecionador, que também é empresário. As apreensões foram realizadas na casa do suspeito, em Guarapari, dos pais dele, na mesma rua, e também em Vila Velha, em uma construtora onde ele é sócio.
O empresário já possuía passagem por porte ilegal de arma de fogo, registrada no ano de 2018. Agora, a Polícia Civil irá investigar de quem o suspeito comprava o armamento e se ele também realizava o comércio do material.
Ele teve a prisão preventiva decretada e irá responder pelo crime previsto no artigo 16 do Estatuto do Desarmamento, que proíbe a posse e o porte de armas de uso restrito. As armas apreendidas serão periciadas e passarão por uma análise que detectará se o armamento foi usado em outros crimes.
Entenda
O colecionador de armas e atirador desportivo, de 44 anos, foi preso em flagrante com 24 armas irregulares. Ele foi detido durante uma operação policial realizada no dia 22 de maio, no município de Guarapari.
Durante a ação polícia – que também cumpriu mandado de busca e apreensão em Vila Velha –, um total de 24 armas foram apreendidas, além de 9 mil munições. Entre as armas ainda havia um fuzil AR-15 calibre 5.56 que estava com a numeração raspada.
Segundo o delegado Gabriel Monteiro, as investigações começaram há dois meses, após denúncias de que o homem possuía o material ilegal. "Pelo que demonstra, ele tinha esse vício de comprar armas. Nós vamos estar aprofundando agora as investigações para saber de quem ele estava comprando essas armas e se ele também comercializava essas armas", explicou o chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais.
Segundo o delegado, das 24 armas, seis seriam ilegais, até mesmo provenientes de furtos e roubos, e todas as outras também eram irregulares. "Não estavam em endereços onde ele indica no certificado dele ou estavam municiadas onde não poderiam estar", explicou Gabriel. O suspeito também foi autuado pela posse de arma de uso restrito, sendo esta o fuzil encontrado.
A empresa da qual o homem era sócio também foi alvo da operação. No local, um segurança acabou sendo preso em flagrante, por estar portando uma arma ilegal, mas foi solto após pagamento de fiança.
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