Atentado contra policial militar na Serra foi encomendado por R$ 7 mil

De acordo com a polícia, o crime foi por vingança, após um tiroteio que aconteceu envolvendo o PM e traficantes de bairro

Aguinor Malaphaia e Júlia Afonso, do jornal A Tribuna | 12/02/2022, 13:55 13:55 h | Atualizado em 12/02/2022, 14:20

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00111136_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00111136_00.jpg%3Fxid%3D293850&xid=293850 600w, Fernando Comper, de 33 anos, foi atingido com dois tiros na cabeça
 

Sete mil reais: esse foi o valor oferecido para os bandidos executarem o soldado da Polícia Militar Fernando da Cruz Comper, de 33 anos, atingido por dois tiros na cabeça, em frente a um supermercado, em Nova Carapina II, na Serra, na quarta-feira. 

De acordo com a polícia, o crime foi encomendado por vingança, após um tiroteio que aconteceu um mês antes, atrás de uma escola. O policial  militar segue internado em estado grave, mas estável, em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Vitória.

Ainda não se sabe o contexto ou motivo do tiroteio da escola, apenas que o soldado estava de folga e teria trocado tiros com criminosos, no bairro Nova Carapina II. 

“Em razão disso, como vingança, os suspeitos – que fazem parte do tráfico da Serra – se reuniram há 15 dias e decidiram que a vítima seria executada”, detalhou o delegado Rodrigo Sandi Mori, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra.

Saiba Mais: Suspeito de atirar em militar na Serra morre em confronto com a polícia 

O mandante do crime, que já foi identificado, ofereceu R$ 3 mil para cada atirador, e R$ 1 mil para o terceiro criminoso, que iria vigiar e avisar quando a vítima estivesse no supermercado, onde ele trabalhava como segurança particular. 

“Minutos antes do crime eles se reuniram. Cada um dos executores estava armado. O responsável por vigiar a vítima foi até o supermercado, confirmou que ele estava lá e avisou para os executores. Eles foram até o local e cada um efetuou um disparo”, disse o delegado. 

Um dos atiradores foi com uniforme de empresa, para despistar. Câmeras de segurança mostram o momento em que ele foge, depois do crime, levando a arma do PM. 

O suspeito de vigiar o soldado, que tem 22 anos, foi preso na manhã seguinte ao crime, enquanto saía de casa em Nova Carapina II. No local, a polícia ainda encontrou um colete balístico, embaixo da cama. O atirador, que aparece uniformizado no vídeo, de 23 anos, foi preso na quinta-feira à noite, em Laranjeiras, também na Serra. 

Apenas o vigia confessou o crime. Agora, a polícia está atrás do segundo atirador e do mandante. Os dois presos foram autuados em flagrante por tentativa de homicídio qualificada por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e por ter sido contra agente da segurança pública.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: