Ataque em Aracruz: professora ajudou alunos a escaparem de escola
Marlene Fernandes Barcelos fez um relato emocionado do dia da tragédia
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Ainda em choque com a cena que presenciou, a professora Marlene Fernandes Barcelos, que trabalha na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti , em Aracruz (ES), contou detalhes de como conseguiu escapar do ataque, ocorrido na manhã da última sexta-feira (25).
Aos prantos, ela revelou que tinha acabado de tocar o sinal para o recreio, por volta das 9h30, quando o acusado chegou no local e cometeu o crime. Momentos antes, ela havia deixado um palestrante no portão de saída da escola.
“Fui despedir desse palestrante e disse: vou dar o sinal do recreio porque tem professores lá em cima ainda com alunos. Nisso que eles desceram, eu ouvi os tiros e pensei que fosse alguma comemoração, mas era tiro”, contou.
Ao perceber que o barulho se tratava de tiros, ela relata que sua primeira iniciativa foi pedir para que abrissem todos os portões da escola para que os alunos pudessem sair.
“Eu corri para trás, para o lado do refeitório, pedindo ao guarda para abrir o portão para os alunos saírem. Falei: 'Sai, sai'. Corri atrás dos alunos para que eles saíssem dali”, contou emocionada.
Marlene Fernandes esteve presente nos velórios das amigas e também professoras da escola, Cybelle Passos Bezerra Lara, 45, e Flávia Amboss Merçon, 38, na manhã deste domingo (27), no Cemitério Jardim da Paz, na Serra
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