Adolescente acusa policial militar de abuso sexual em Vitória

| 10/03/2021, 19:42 19:42 h | Atualizado em 10/03/2021, 19:48

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2019-10/372x236/dpca-delegacia-de-protecao-a-crianca-e-ao-adolescente-fachada-nova-c7a3f650f68328fea69c2c3795a1a34c/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2019-10%2Fdpca-delegacia-de-protecao-a-crianca-e-ao-adolescente-fachada-nova-c7a3f650f68328fea69c2c3795a1a34c.jpg%3Fxid%3D165572&xid=165572 600w, Delegacia de Proteção à Criança e Ao Adolescente

A família de uma adolescente, de 17 anos, acusa um policial militar tentar abusar dela. A vítima é estagiária em um museu da Prefeitura de Vitória, onde o crime teria ocorrido, segundo o relato da família. O bairro onde o caso aconteceu não será informado para não identificar a adolescente.

Segundo um familiar da estagiária, de 38 anos, a tentativa de abuso aconteceu na última quinta-feira (4).

Policiais militares realizavam uma ação para apresentar um projeto desenvolvido com a comunidade local para levar mais segurança ao bairro. De acordo com o familiar, o militar teria ido por três vezes ao museu e, por volta das 11h30, voltou ao local novamente com um colega.

O amigo perguntou para a vigilante do local se ele poderia usar o banheiro, a funcionária foi até a parte externa para indicar onde ficava o banheiro para o uso do público, já que o cômodo de dentro do museu tem a utilização permitida apenas para quem trabalha no local.

“O outro policial se aproveitou para ir até a estagiária, que estava almoçando no segundo andar. Ele perguntou a ela onde ficava o banheiro e disse que havia sido autorizado a usá-lo. Ele a pegou pelo braço, jogou para entro do banheiro e a trancou com ele para tentar beijá-la. Ela começou a gritar, mas a vigilante estava do lado de fora do museu. O policial abriu a porta do banheiro e ela correu para outra sala e se trancou. Ele foi até lá, bateu na porta e disse que queria saber se ela tinha namorado. Ela disse que tinha e que ia ligar para os pais. Ele saiu do museu, entrou na viatura e foi embora” relatou o familiar.

Segundo ele, enquanto a menina relatava a funcionários do museu sobre o ocorrido, o militar passou em frente ao local e ficou com a mão no coldre da arma para intimidá-la.

No dia seguinte, a família soube do caso por meio de funcionários do museu e foram até a companhia de polícia onde o militar atua. De lá, foram encaminhados para a Corregedoria da Polícia Militar e para a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) para registrar o caso. “Como não tinha mais flagrante, devolveram a arma e o colete ao policial”, informou o familiar da adolescente.

De acordo com o familiar, a vítima ficou dois dias sem sair de casa por vergonha do que aconteceu e sente medo. “De meia em meia hora, fico ali perto do museu para saber se ela está segura”, afirmou.


Outro lado


A reportagem do Tribuna Online procurou a Polícia Militar. Em nota, a corporação informou que desde o dia que tomou conhecimento do fato iniciou procedimento apuratório sendo que o militar já foi ouvido. "A investigação sobre o episódio continua com a realização de outras diligências".

Já a Polícia Civil, informou que o caso foi registrado na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), na última sexta-feira (05).

"A adolescente foi encaminhada ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para realizar exame de corpo de delito. O caso segue sob investigação da DPCA e para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada".

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