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Polícia

A cada 30 minutos, uma mulher é agredida no Estado


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Imagem ilustrativa da imagem A cada 30 minutos, uma mulher é agredida no Estado
Gerente de Proteção à Mulher da Sesp, Michelle Costa afirmou que muitos casos não são denunciados pelas vítimas |  Foto: Antonio Moreira - 03/02/2020

Diariamente, 52 mulheres são vítimas de violência doméstica no Estado. Os dados são da Polícia Civil e correspondem aos boletins de ocorrência registrados de janeiro a abril deste ano.

Só durante os 120 primeiros dias de 2021, foram registrados 6.312 boletins de violência contra a mulher no Espírito Santo. Ou seja, duas mulheres foram vítimas a cada uma hora. Uma a cada 30 minutos.

A violência abordada nesses números não é apenas a agressão, mas também pode englobar ameaças ou qualquer crime que contenha violência contra a mulher.

De acordo com a polícia, os números relativos ao mesmo período de 2020 são maiores: 6.771. De lá para cá, houve redução de pouco mais de 6% em relação a este ano.

Porém, não há o que comemorar. Isso porque estima-se que haja inúmeros casos que não chegaram ao conhecimento da polícia.

É o que afirma Michelle Meira, gerente de Proteção à Mulher (GPM) da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social.

“Tivemos uma redução. O que não significa que houve um declínio da violência. Pode ter havido uma subnotificação”, explicou.

Segundo a pesquisa “Visível e Invisível – A vitimização de mulheres no Brasil”, divulgada ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, sete em cada 10 casos o autor era conhecido da vítima.

O estudo ouviu presencialmente mais de 2 mil pessoas com 16 anos ou mais, em 130 cidades, entre 10 e 14 de maio. “É um agravamento da violência intrafamiliar”, explica Juliana Martins, coordenadora institucional do Fórum.

Ainda segundo Juliana, a cada minuto, oito mulheres foram agredidas na pandemia. Também indica que o fator econômico deixa a mulher exposta à violência.

Imagem ilustrativa da imagem A cada 30 minutos, uma mulher é agredida no Estado
"Precisamos investir na educação do agressor, como investimos no amparo da mulher”, Flávia Brandão, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família-ES |  Foto: Divulgação

“E não são só mulheres da classe mais baixa. Quantas mulheres de padrão social elevado se submetem a várias formas de violência por serem 100% dependentes de seus companheiros e maridos?”, questiona Flávia Brandão, presidente residente do Instituto Brasileiro de Direito de Família ES.

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"A violência contra a mulher é um problema antigo, fruto da desigualdade de gênero nas relações sociais”, Hândala Rocha, advogada criminalista |  Foto: Divulgação

Mas como frear e acabar com essa violência? Para a advogada criminalista Hândala Rocha, é preciso cortar a raiz do problema.

“O Estado deve buscar conscientização das crianças e adolescentes, dentro das escolas, de que a violência doméstica é inaceitável”.

Acesse aqui o estudo completo


Saiba mais


Violência no Estado

  • Nos quatro primeiros meses deste ano, foram registrados 6.312 boletins de ocorrência de violência contra a mulher no Espírito Santo, ou seja, 52 boletins por dia.

  • Foram duas mulheres a cada hora indo a uma delegacia denunciar que foi vítima de violência doméstica.

  • Segundo Michelle Costa, gerente de Proteção à Mulher (GPM) da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), esses dados são menores do que os registrados durante o mesmo período em 2020.

Subnotificação de casos

  • Entre janeiro e abril do ano passado, foram registrados 6.771 boletins.

  • Uma queda de mais de 6%.

  • No entanto, Michelle afirma que pode ter acontecido subnoticação de casos por causa do receio das mulheres irem a uma delegacia em um momento de pandemia.

Agressores

  • Ainda para Michele, as características das agressões que ocorrem no Estado são bem parecidas com o que acontece em nível nacional.

  • Ou seja, o agressor, geralmente, é alguém conhecido da vítima, podendo ser o atual companheiro, marido ou ex-companheiro ou namorado.

Estudo nacional

  • O estudo “Visível e Invisível - A vitimização de mulheres no Brasil”, divulgado ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que, em sete de cada 10 casos, o autor da violência era conhecido pela vítima.

  • A cada minuto, oito mulheres foram agredidas durante a pandemia.

  • O estudo ouviu presencialmente mais de 2 mil pessoas com 16 anos ou mais, em 130 cidades, de 10 a 14 de maio.

Perfil das vítimas

  • A maior parte das vítimas foi de mulheres separadas ou divorciadas: 35%

  • Em segundo lugar, mulheres solteiras (30,7%)

  • Em terceiro, viúvas (17,1%)

  • Em quarto, casadas, com 16,6%.

Local da violência

  • Quase metade das agressões aconteceu dentro de casa (48,8%).

  • Quase 20% aconteceu na rua.

  • E em torno de 9,4%, no trabalho.

Crise econômica

  • A pesquisa mostra ainda que 25% das mulheres afirmam que a perda de emprego e renda e impossibilidade de trabalhar para garantir o próprio sustento são os fatores que mais pesaram para a ocorrência da violência que vivenciaram.

  • Enquanto22% destacam que a maior convivência com o agressor também contribuiu.

Falta de autonomia financeira

  • Com isso, a falta de autonomia financeira, com a perda de emprego e renda, foi o que mais as colocou em risco as mulheres na pandemia.

  • Essa informação joga por terra o que se pensava que a quarentena junto ao agressor era o principal fator da violência doméstica na pandemia.

Fontes: Sesp e Fórum Brasileiro de Segurança Pública


Os números 


  • 32,8% das mulheres resolveram sozinha o conflito.

  • 16,8% julgaram que a agressão não era importante a ponto de acionar a polícia.

  • 15,3% não quiserem envolver a polícia.

  • 13,4% tiveram medo de represálias por parte do autor da violência.

  • 12,6% não tinham prova da agressão para acionar a polícia.

  • 5,6% afirmaram não crer nas instituições policiais.

  • 2,7% tiveram seu deslocamento dificultado pela pandemia.

Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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