Justiça vai decidir se policiais militares do Bope vão a Júri Popular

Seis PMs foram acusados de homicídio qualificado pelo Ministério Público de Pernambuco

Aline Moura | 09/04/2024, 18:28 18:28 h | Atualizado em 09/04/2024, 18:28

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Justica-vai-decidir-se-policiais-militares-do-Bope0017557500202404091828/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FJustica-vai-decidir-se-policiais-militares-do-Bope0017557500202404091828.jpg%3Fxid%3D776841&xid=776841 600w, A acusação contra os PMs, anunciada ontem pela Tribuna Online, foi confirmada nesta terça-feira (9), sendo feita por meio da 27ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ofereceu denúncia em desfavor de seis policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) envolvidos na ação que deixou dois homens mortos na comunidade do Detran, Zona Oeste do Recife, em 20 de novembro de 2023. Agora, a Justiça vai decidir se aceita a denúncia do MP e se os policiais serão levados a Júri Popular. Se forem condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.

A acusação, anunciada ontem pela Tribuna Online, foi confirmada nesta terça-feira (9), sendo feita por meio da 27ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, com exercício na Central de Inquéritos, bem como dos promotores de Justiça designados para atuar no caso pelo Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE) Controle Externo.

No dia 23 de março passado, os policiais envolvidos foram formalmente acusados de homicídio qualificado, conforme previsto no artigo 121, parágrafo 2º do Código Penal.

A acusação inclui a qualificadora IV, que se refere a ações como traição, emboscada, dissimulação ou outros métodos que dificultem ou impeçam a defesa da vítima. Além disso, também foram imputados os agravantes estabelecidos pela Lei nº 8.072/90, que trata de crimes hediondos. As vítimas fatais são Bruno Henrique Vicente da Silva, de 28 anos, e Rhaldney Fernandes da Silva, de 31 anos.

Os demais delitos de descumprimento de missão, invasão de domicílio e fraude processual, por se tratarem de crimes militares, tramitam em outro processo, em andamento na Vara da Justiça Militar.

No total, nove policiais militares estavam presentes na ocasião em que os dois homens foram mortos, mas três vão responder ao processo em liberdade provisória. Toda a ação foi filmada por câmera de segurança do local.

Os policiais inclusive se desviaram da missão que foram designados a cumprir e se deslocaram para o Detran. Pelas imagens, os homens são colocados em lençóis no camburão.

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