Choque no Recife: as últimas palavras do atirador antes do tiroteio

Paciente baleado conta o que o homem falou antes de atirar em vigilante no HR

Aline Moura | 26/04/2024, 17:04 17:04 h | Atualizado em 26/04/2024, 17:03

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Choque-no-Recife-as-ultimas-palavras-do-atirador-a0017834700202404261704/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FChoque-no-Recife-as-ultimas-palavras-do-atirador-a0017834700202404261704.jpg%3Fxid%3D791282&xid=791282 600w, Paciente baleado no Hospital da Restauração em entrevista à imprensa conta sobre o que ouviu

Em entrevista na tarde desta sexta-feira (26), um paciente que levou um tiro de raspão no ombro direito de outro paciente internado Hospital da Restauração, no Recife, disse que o atirador avisou que já tinha matado nove pessoas.

De acordo com a testemunha, que pediu anonimato, o criminoso tinha feito várias ameaças a profissionais da unidade, porque queria sair, mas não tinha recebido alta. O atirador estava internado dentro da emergência, na unidade de trauma.  O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

O paciente baleado pediu para não revelar o nome. Ele contou que, depois de roubar a arma de uma vigilante, o paciente criminoso fez ameaças dentro da ala hospitalar onde se encontrava.

“Ele tirou o revólver da cartucheira da vigilante. Depois, o vigilante Nivaldo, que veio a óbito, se agarrou com ele, ai eu gritei: faça isso não! Está fazendo isso por quê? Ele já virou o revólver para mim e atirou no meu ombro (o tiro pegou de raspão). Foi um corre corre, o povo todo agoniado porque ele estava ameaçando, dizendo que queria ir embora, dizendo que ia matar quem se aproximasse, que não tinha medo porque já tinha nove homicídios nas costas”, declarou o rapaz que levou um tiro no ombro.

O nome do criminoso não foi revelado e também não se sabe as motivações. Além de render uma vigilante e tirar sua arma, matar outro, atirar em mais dois e fazer um motorista de refém, o criminoso continuou atirando ao descer da ambulância, quando o motorista desceu a rampa da Restauração e jogou o veículo em cima de uma calçada.

Entre os três vigilantes baleados, Nivaldo Bezerra da Silva, 66 anos, foi a vítima fatal. Ele morreu ao tentar conter o criminoso, que tinha conseguido retirar uma arma de sua colega, durante a troca de turno, com um golpe mata-leão. Nivaldo deixou uma filha, três netos e uma esposa.

O atirador também foi baleado na Avenida Agamenon Magalhães, perto do Hospital.

A filha de Nivaldo também deu entrevistas sem se identificar. Estava chorando muito. “Ele era uma pessoa de bem, não tenho o que falar, era um guerreiro. Ele trabalhou a vida inteira (como vigilante) sempre foi muito tranquilo".

"Eu só espero que Deus conforte a família dele”, disse a filha de Nivaldo ao ser indagada se a família de Nivaldo estava aliavada com a morte do atirador.

Veja mais informações, em primeira mão, no programa Brasil Urgente, exibido às 16h, sob o comando de Artur Tigre. A TV Tribuna PE acompanhou o caso desde o início da manhã com Luciana Queiroz, Rafaella Pimentel, Carlos Simões e, agora, à tarde, Marwyn Barbosa.

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