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Claudia Matarazzo

Claudia Matarazzo

Colunista

Claudia Matarazzo

Paixão e equilíbrio para encarar os desafios de 2021

| 17/12/2020, 09:56 09:56 h | Atualizado em 17/12/2020, 09:58

Não vamos falar de polarização – a palavra mais manjada da última década. Nem de política, que ninguém mais aguenta. Neste finalzinho de ano, acredito que ajude pensar em palavras para usar como mantras para esse futuro próximo que, ao que tudo indica, nos reserva algumas provações e muitos desafios.

Polarização – Esqueça. Além de manjada, encerra historicamente o que a humanidade criou de pior e mais bestial.

Também fujo de “extremos”. Todo o extremo é ruim – até mesmo de coisas boas. Amor demais sufoca (ou enjoa). Chocolate demais dá diarreia. Sol demais queima e desidrata...

Extremos não fortalecem – Ao contrário, pois falta, a qualquer extremo, o sutil e poderoso equilíbrio. Os jovens detestam o equilíbrio: julgam-no insípido. Falácia, claro!

Ora, essa virtude, tão pouco cultivada e valorizada, é irmã da estabilidade que, ao contrário de monotonia ou da volátil paixão, consolida a força e agrega.
A estabilidade, como aliada do tempo, reforça estratégias e estreita vínculos.

A maior qualidade do equilíbrio é que exige silêncio interior para ponderar e encontrar o melhor ponto de apoio. Seja para tomar uma decisão ou permanecer à beira do abismo antes de dar o passo atrás – ou se lançar.

Ninguém atinge o equilíbrio sem ouvir todos os lados – postura que a paixão, o ódio e, mesmo a politicamente correta convicção, desconhecem. É preciso colocar-se no lugar do outro, ponderar alternativas. Nessa restauradora pausa, o indivíduo se enriquece. Respira. Percebe outros horizontes.

Se embarca em novas viagens ou não, é outro assunto. Ao respirar, é possível adiar a decisão, pesar melhor, preparar-se, enfim.

Estamos há anos respondendo por impulso, confrontando amigos, familiares e vizinhos por picuinhas estúpidas – e inúteis. Estamos envenenando a vida sem perceber que o foco do que nos é mais caro se distancia cada vez mais.

Prazer – Outra palavra que ficou distante. Pequenos e grandes prazeres. Estimular os sentidos diariamente com aromas, paladares, sorrisos, música e o que mais nos remeter a sensações que causem aquele arrepio de prazer da primeira paixão da juventude. E são tantas pequenas alegrias!

Redescubra as suas e resgate-as. Não deixe que clichês como “falta de tempo” ou “isso não é para mim” paralisem o seu prazer.

Aprendemos neste ano que sempre pode piorar. Mas o oposto também se aplica: sempre pode melhorar, sempre posso experimentar, posso aprender, ousar e me libertar, se preciso for.

Toda vez que achar que vai desistir, se estiver perto de desanimar, e até desesperar, respire, pense que não está sozinho e que não é errado, em um momento trágico como o que vivemos há 10 meses, ter momentos de tormenta.

Pecado – e grave – é não pedir ajuda, não procurar alguém para te apoiar, não compartilhar. Estamos todos juntos nessa.

Solidariedade – Palavra poderosa da nova era. Mas é importante não esquecer sua irmã gêmea, a humildade, e cultivá-la. Juntas, elas revertem situações extremas, sim, mas só para quem as prestigia sempre!

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