O WhatsApp Pay já está em vigor. Devo ativar o serviço?

Finalmente, após alguns meses de expectativa, o serviço de pagamentos do WhatsApp entrou em vigor. Ao ativar o serviço, o usuário do aplicativo poderá transferir e receber dinheiro dos amigos, familiares e demais contatos, diretamente na conversa, com a mesma facilidade que envia fotos, áudios e vídeos. Para utilizar o serviço, é preciso adicionar um cartão pré-pago, um cartão de débito ou um cartão múltiplo com a função débito, emitido por um dos bancos ou parceiros participantes.

Por enquanto, os bancos que aderiram ao serviço são o Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Inter, Nubank e o Mercado Pago, sempre associados às bandeiras de cartões de crédito Visa ou Mastercard.

Por questão de segurança, o serviço definiu um limite diário e mensal para a quantia de dinheiro que o usuário pode enviar e receber de seus contatos, no WhatsApp.

As transações estão limitadas a R$ 1 mil por transação, podendo receber até 20 transações por dia, ou R$ 5 mil por mês. Ao atingir o limite, o usuário não poderá mais, naquele mês, enviar nem receber pagamentos.

Mas a dúvida que está incomodando a maioria dos 120 milhões de usuários, que o WhatsApp tem no Brasil é quanto à adesão ou não, da funcionalidade de pagamentos.

Com tantas notícias de golpes, envolvendo contas bancárias e a plataforma de pagamentos Pix, as pessoas ficam com receio de ativar o recurso no aplicativo de conversa.

Apesar de se sentirem seduzidos pela facilidade proporcionada pela ferramenta, de poder realizar pagamentos, diretamente de uma conversa com um dos seus contatos, há um lado preocupante.

As pessoas imaginam que a perda/roubo do aparelho celular ou a invasão do dispositivo podem deixar vulneráveis os seus recursos financeiros.

Ainda que a funcionalidade seja protegida com uma senha de segurança, recomendamos cautela, principalmente, para aquele usuário que ainda não se considera um usuário 4.0 no uso da tecnologia da informação.

Ou seja, aquele usuário que não possui um bom nível de amadurecimento em relação aos riscos do mundo digital e as formas de evitá-los.

O usuário que acessa e navega em qualquer site, clica impulsivamente nos links das mensagens online que recebe, não ativa os recursos de segurança do aparelho e das ferramentas digitais e não utiliza um bom software antivírus, deixa brechas ou vulnerabilidades que podem ser exploradas pelos golpistas.

Muitas vezes, o usuário se deixa enganar pela engenharia social e entrega voluntariamente o acesso ao seu dispositivo ou a sua conta do WhatsApp, como tem ocorrido, com muita frequência, no golpe da clonagem do aplicativo.

Assim, recomendamos muita cautela e ponderação. Não temos dúvidas de que a nova funcionalidade do WhatsApp pode proporcionar praticidade para a realização de pagamentos no dia a dia.

Entretanto, nem todo usuário do aplicativo possui uma cultura de segurança da informação que possibilite, no uso do seu smartphone, o grau de segurança requerido para utilizar o aparelho em transações financeiras.