O pé na porta
Internacional, Grêmio e Atlético/MG já estão treinando em seus CTs desde a última segunda-feira. Na terça-feira, o Flamengo meteu os pés na porta, peitou estado e prefeitura, e pôs seus jogadores em atividade no CT George Helal. E ontem, com base no cenário criado por estes quatro grandes clubes, os representantes dos cinco paulistas envolvidos com a disputa da Série A do Brasileiro fecharam agenda com autoridades de saúde do estado para que possam, juntos, marcar o dia do reinício das atividades presenciais de seus jogadores.
Ou seja: os clubes brasileiros optaram por desafiar o bom senso, deram ar de ombros para o crescente número de infectados e ignoraram o estado de luto pela morte de 20 mil enfermos.
E, julgando-se amparados pelo protocolo sanitário desenhado pelos alemães, recolocam seus jogadores em campo, tentando encorajar os que ainda resistem.
Flu e Fogão
Casos, no Rio, de Fluminense e Botafogo, clubes que firmam posição de só reiniciarem suas atividades presenciais depois que as autoridades de saúde das três esferas governamentais se manifestarem oficialmente sobre o caso.
Espera
Há quem garanta que os clubes não têm mais como esperar. Que a maioria não suportará mais um mês sem receitas. Sendo assim, o objetivo é criar um clima mínimo de condição atlética dos jogadores para a retomada dos Estaduais em meados de junho.
Isto já poderia valer o pagamento da cota de TV dos Estaduais, retida pela detentora com o cancelamento das partidas.
Portões fechados
Todas as partidas das seis rodadas restantes serão disputadas com portões fechados e número restritos de funcionários dos clubes presentes.
Walter Feldman, secretário geral da CBF, acha viável estimar que, se não houver acidentes no percurso, o Brasileiro inicie em agosto.